Uma
pesquisa realizada pelo Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE)
constatou que o déficit de professores na rede estadual de educação ainda é
grande. Nas 25 escolas onde foram aplicados questionários, 80% registra falta
de até cinco docentes. A estratégia da Secretaria Estadual de Educação e
Cultura de encaminhar professores temporários foi criticada por alguns
entrevistados. De acordo com o IDE muitos disseram que os profissionais são
encaminhados para o horário não ficar vazio, mas não criam vínculos com as
escolas.
Matemática
permanece como sendo a disciplina de maior dificuldade para completar o quadro
de docentes, com déficit em 32% das escolas. Já as disciplinas de Física e
Biologia já não aparecem mais entre as com o maior déficit de mestres em salas
de aulas. O noturno é o turno com o índice mais baixo (23%) de déficit de
professores. Uma hipótese é de que professores concentram bem mais as suas
atividades, durante o dia, em escolas particulares, já o turno vespertino sofre
com a falta de quase 50% dos professores que as escolas têm carências.
Em
2013, a ausência de professores se revelou bastante acentuado. Numa das escolas
pesquisadas chegou a 15 profissionais. Entre as unidades entrevistadas, 61%
informaram ter convivido com o déficit de professores durante todo ano letivo,
o que se considera bastante preocupante, enquanto 17% das escolas informaram
que o déficit de professores foi inferior a um semestre, menor tempo na escala
trabalhada.