O
Brasil apresentou variação negativa no fator “ausência de corrupção”, um dos
nove indicadores considerados pela World Justice Project (WJP, sigla em
inglês), uma organização independente que elabora o estudo para classificar os
países segundo o índice do Estado de direito no mundo. Na primeira edição,
publicada em 2011, o Brasil havia registrado nota de 0,67 no quesito “ausência
de corrupção (quanto mais próximo de 1, melhor). Este ano caiu para 0,46,
repetindo uma tendência já registrada em 2012 e 2014. Esse fator foi o que mais
apresentou redução entre os itens considerados desde o início da elaboração da
pesquisa. Neste ranking, o Brasil caiu da 45ª posição, em 2014, para a 55ª
entre os 102 países incluídos no levantamento divulgado hoje.
Em
47 países, eleitores consideram o Congresso a instituição mais corrupta
Pelos
critérios do estudo, quanto maior a percepção de que há corrupção da população,
maior é o impacto negativo sobre a percepção das pessoas com relação a um
Estado de direito eficaz, ou seja, que possa reduzir ou impedir desvios de
recursos. Para a WJP, o Estado de direito é um requisito fundamental para o
desenvolvimento de uma sociedade de paz, oportunidade e equidade. Ao elaborar o
índice geral, a WJP levou em consideração também outros fatores como a
percepção que os cidadãos têm dos controles sobre as ações do governo e seus
funcionários, a disponibilidade de informações públicas, o respeito aos
direitos fundamentais, a ordem e a segurança, a efetividade das justiça civil,
criminal e informal, além da eficácia de leis e regulamentos. A pesquisa foi
realizada ao longo de 2014, com mais de 100 mil questionários respondidos por
cidadãos comuns e especialistas nas três maiores cidades de cada país.
— O
Brasil obteve relativamente altas pontuações no governo aberto. As agências
reguladoras são percebidas como relativamente independentes, mas ineficientes.
O sistema de justiça civil é relativamente acessível, embora os procedimentos
judiciais sejam propensos a atrasos e a decisões que são, por vezes, difíceis
de se aplicar. No relatório deste ano, o país mostra um declínio no desempenho
em várias áreas que incluem freios e contrapesos, os direitos fundamentais, e a
aplicação e regulamentação das leis. As notas de corrupção também pioraram em
relação ao ano passado, embora a mudança não seja estatisticamente
significativa. O Brasil ainda enfrenta vários desafios na área da segurança,
devido as altas taxas de criminalidade, as deficiências nos sistemas de
investigação e os julgamentos criminais, além de violações ao devido processo e
as más condições nas instalações prisionais — explica Alejandro Ponce, diretor
de pesquisa da WJP. (Clique aqui e veja mapa para abrir o infográfico
interativo). Segue texto completo no link aqui.
O
Globo
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