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domingo, 15 de novembro de 2015

Conheça como nasceu o Estado Islâmico, aliados e a sua meta de reconquistar Portugal e Espanha

Está no Blog de Ney Lopes

Para encontrar as raízes do Estado Islâmico é preciso recuar pelo menos a 2002.

Nessa altura, o jordano Abu Musab al-Zarqawi funda o grupo radical Tawhid wa al-Jihad, uma organização cujo objetivo inicial era derrubar o Governo egípcio e substituí-lo por um Estado islâmico.

Mais tarde, o denominado grupo Jihad ampliou os seus objetivos, que incluíam atacar os Estados Unidos, Portugal, Espanha, países europeus e Israel.

Após a invasão dos EUA ao Iraque, o grupo presta vassalagem à Osama bin Laden e os seus militantes criam a Al-Qaeda no Iraque – maior força de oposição à ocupação americana.

Em 2006, essa organização passa a chamar-se Estado Islâmico no Iraque e sofre duras perdas infligidas pelos americanos.

É preciso esperar até 2010 para Abu Bakr al-Baghdadi assumir a liderança do grupo, reconstruindo-o e realizando múltiplos ataques no Iraque.

Três anos depois (2013) funde-se com várias milícias sírias e junta-se à guerra na Síria contra o presidente Bashar al-Assad.

Portanto, o Estado Islâmico nasceu com o recrutamento de ex-militares fiéis a Saddam Hussein, furiosos por terem sido afastados pelo novo governo da maioria xiita.

Depois da queda do ditador Hussein, o grupo tinha os conhecimentos estratégicos que lhe permitiram conquistar rapidamente território na Síria e no Iraque.

Financiado pelo dinheiro dos poços de petróleo que controla, bem como os resgates que recebe dos sequestros que realiza, a organização avança nos seus propósitos de terrorismo.

Em junho de 2014, conquistada Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, o chefe Al-Baghdadi declarou a criação de um califado.

Nesse território passa a existir um “Estado”, onde impera a interpretação radical da sharia, a lei islâmica, e que na prática se estende por um território de dimensão equivalente à Bélgica (e onde vivem oito milhões de pessoas).

O objetivo é expandir-se desde o Paquistão, até a Espanha e Portugal, alcançando a região deAl-Andaluz, que os jihadistas querem reconquistar, segundo consta num mapa que circula na net, distribuído pelo Estado Islâmico.

Ramificações – Se é na Síria e no Iraque que domina territórios, as ramificações do Estado Islâmico estendem-se muito além disso.

Da Nigéria ao Paquistão (ver infografia abaixo), vários grupos terroristas, alguns deles anteriormente ligados à Al-Qaeda, prestaram vassalagem ao comando de Al-Baghdadi, realizando ataques terroristas em nome do Estado Islâmico.

Em muitos casos consumados, foram atingidos alvos do terror, como na Tunísia ocorridos em março passado contra o Museu do Bardo e em junho num resort em Sousse, com grande número de mortes de turistas ocidentais.

Apesar dos bombardeios pela coligação internacional, o grupo liderado por Al-Baghdadi parece não perder eficácia nos seus ataques.

Nos últimos dois dias sofreu baixas de peso, com a morte – sexta-feira, 13, do carrasco Jihadi John, líder do grupo na Líbia.

Depois de ter reivindicado a autoria do atentado a um avião comercial russo no Sinai, ontem, sábado, 14, cumpriu a promessa de transformar Paris em chamas.

META DO ESTADO ISLÂMICO – A meta básica do Estado Islâmico é voltar a dominar Espanha e Portugal.

O meio seria a reconquista do território denominado Al-Andaluz.

Al-Andaluz é uma área na Península Ibérica, que esteve sob a dominação islâmica, a partir de 711, quando das invasões árabes.

Península Ibérica compreende, atualmente, três países, chamados de países ibéricos:Portugal, Espanha e Andorra.

Localiza-se também nesta península, o território britânico de Gibraltar e cerca de 540 km de território do extremo oeste da França.

As cidades de Granada, Córdova e Sevilha (Andaluzia) representavam, à época da invasão dos árabes, grandes centros de cultura, indústria e comércio da civilização muçulmana.

Entre 711 e 756, Al-Andaluz foi um emirado dependente, governado por homens nomeados pelo califa de Damasco (Siria), chamados emires.

Nessa fase, o emirado era dependente de Damasco (Síria), em termos políticos e religiosos.

No período de 123 até 1492, a denominação de Al-Andaluz passa a referir-se apenas ao reino de Granada, sob o total domínio muçulmano.

No século XV, os árabes fugiram da península ibérica, expulsos durante a Reconquista Cristã e se refugiaram no Norte de África.

Atualmente, Andaluzia é o nome de uma região do sul de Espanha.


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