(Prof. Maciel)
Já seu Antonio Nunes
reclamava de um trabalhador de suas terras porque reproduzia demais: _ “Mulher
tem menino de quanto em quanto tempo? É que tenho um morador que só vive na
minha porta pedindo carro pra mulher parir”. Essa cena já era uma evolução dos
partos em casa com as parteiras dona Salvina, dona Vezinha, madrinha Maria
França.... E foi só na década de setenta, na campanha de prefeito, que Pedrinho
de dona Vezinha assumiu o compromisso em campanha de que se eleito fosse
compraria uma ambulância, com a ênfase de que seria para transportar os
pacientes do município. Disso o candidato adversário reclamou em palanque: _
“Meus amigos! O outro candidato tá aigoirando misera. Se eleito for, compro é
um carro pra nós passiar.”
Mas quem passeou nesse tempo
foi um casal da cidade e que nem teve filhos. Em ano bom de inverno, bom de
algodão, juntou suas economias e comprou um jeep. O esposo empenhou-se para
aprender a dirigir e no primeiro passeio a dois, o carro atingiu velocidade de
40 km/h e a mulher reclamou para que fosse devagar. Eis agora um marido
constrangido e conciso em suas palavras: _ “Muié, tu é muito é feia!”
E em ano de fartura de
algodão, também o era de milho, feijão e de “mistura”. Tio Amadeu passou no
roçado de seu Antonio Certeza e sem sua ordem pegou uma melancia. Já este, ao
contabilizar a falta no tomar conhecimento do feito pela confissão por parte da
autoria, com maestria detonou a sua reclamação: _ “Tem nada não, seu Amadeu,
aquilo é comer de poico mermo”.
A exemplo de seu Antonio
Certeza, Chicão, seu Braz... e seu João Antonio, seu Pedro Cândido também tinha
por hábito suspender os afazeres do roçado e dedicar-se a tomar umas e outras.
Em mais um dia já alcoolizado reclamou do que se confundira, após ouvir de um
colega de farra que o mundo estava prestes a se acabar por causa dos ESCÂNDALOS
entres os povos: _ “Os cãindo mermo não! Nos cãindo só tem home de bem!”
E bem no meio do ano de
1974, junto com a energia elétrica inaugurada pelo saudoso governador Cortez
Pereira, chegaram também os primeiros eletrodomésticos. As frutas passaram a
ser comuns nas receitas de dindin, menos para uma senhora que insistia em
fazê-los só de Q-suco, sabor artificial de morango, para vender e ajudar nas
prestações de sua geladeira. A vizinha também adquiriu uma e resolveu entrar no
ramo, só que inovou, oferecendo também outras opções, ainda mais da própria
fruta, com o filho a fazer propaganda na calçada: Olhe o dindin de banana! Olhe
o dindin de goiaba! Olhe o dindin de abacate! Olhe o dindin! A senhora do
morango artificial vendo a debandada dos fregueses e já impaciente com tudo
aquilo, certa vez bateu a porta de casa com toda sua força, mas não sem antes
reclamar/esbravejar com a sua concorrente: _ “Nesses dias vão inventar dindin
até de bosta!” (Pronto, paro aqui e o leitor se quiser pode sim reclamar de uma
crônica que termina em...!)
Muito Bom...Rsrsrs
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkk boa, boa, boa professor maciel kkkkkk muito boa mesmo principalemte o final e que levante os questionamentos rsrsrsrs
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