Acompanhando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) constatamos que, Japi teve um crescimento pouco significativo nos últimos 20 anos.

Ocupando a 150ª posição nas cidades do Rio Grande do Norte em uma lista de 167 cidades, faremos uma comparação de nossa cidade aos anos de 1991 com 2000 (Intervalo de 10 anos) e de 2000 com 2010 (Intervalo de mais 10 anos). 

Japi tem 5.522 habitantes e está atrás de todas as cidades da região do Trairi no chamado IDH (ÍNDICE DE DESENVOVIMENTO HUMANO).

Se compararmos entre os anos de 1991 e 2000 Japi cresceu, passou de 0,301 para 0,395, ou seja, cresceu algo em torno de 0,094. (em outras palavras não cresceu quase nada nessa década).

Já comparando os anos de 2000 e 2010 a cidade cresceu um pouco mais se 1991 á 2000 crescemos 0,094, de 2000 à 2010 crescemos 0,174, ou seja, crescemos 0,080 no IDH.

Já o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Japi é 0,569, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Baixo (IDHM entre 0,5 e 0,599). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,244), seguida por Renda e por Longevidade. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Longevidade (com crescimento de 0,142), seguida por Educação e por Renda.

Veja alguns indicadores que são medidos por esse índice:

1° Evolução

Entre 2000 e 2010
O IDHM passou de 0,395 em 2000 para 0,569 em 2010 - uma taxa de crescimento de 44,05%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 28,76% entre 2000 e 2010.

Entre 1991 e 2000

O IDHM passou de 0,301 em 1991 para 0,395 em 2000 - uma taxa de crescimento de 31,23%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 13,45% entre 1991 e 2000.

Entre 1991 e 2010

Japi teve um incremento no seu IDHM de 89,04% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (59,81%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 38,34% entre 1991 e 2010.

População

Entre 2000 e 2010, a população de Japi teve uma taxa média de crescimento anual de -1,35%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de 0,46%. No Estado, estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. No país, foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 36,03%.

2° Longevidade, mortalidade e fecundidade

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Japi reduziu 31%, passando de 45,1 por mil nascidos vivos em 2000 para 31,1 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 19,7 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em Japi, a esperança de vida ao nascer aumentou 10,8 anos nas últimas duas décadas, passando de 57,8 anos em 1991 para 66,3 anos em 2000, e para 68,6 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 72,5 anos e, para o país, de 73,9 anos.

3° Educação: Crianças e Jovens

A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação.

No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 28,43% e no de período 1991 e 2000, 73,95%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 211,09% entre 2000 e 2010 e 89,18% entre 1991 e 2000.

A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 246,57% no período de 2000 a 2010 e 175,44% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 123,95% entre 2000 e 2010 e 316,38% entre 1991 e 2000.

4° População Adulta

A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento e também compõe o IDHM Educação. 

Em 2010, 28,43% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 19,11% o ensino médio. Em Rio Grande do Norte, 48,60% e 33,75% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade. 

A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 16,33% nas últimas duas décadas.

5° Renda

A renda per capita média de Japi cresceu 138,46% nas últimas duas décadas, passando de R$89,76 em 1991 para R$85,31 em 2000 e R$214,04 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de -4,96% no primeiro período e 150,90% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 63,93% em 1991 para 61,50% em 2000 e para 28,19% em 2010.

A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,56 em 1991 para 0,65 em 2000 e para 0,51 em 2010.

6° Ranking

Japi ocupa a 4869ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 4868 (87,48%) municípios estão em situação melhor e 697 (12,52%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 167 outros municípios de Rio Grande do Norte, Japi ocupa a 150ª posição, sendo que 147 (88,02%) municípios estão em situação melhor e 20 (11,98%) municípios estão em situação pior ou igual.

Do Blog:

Há mais de 20 anos o povo Japi vive na mesmice de outrora, isso são os números que dizem, e contra estes não existem argumentos. Quando falamos da situação financeira de nosso povo, a noticia também não é assim muito boa, ou melhor, nestes últimos 20 as coisas parecem terem caminhado pra trás

Pelo que vemos, se os Japienses não reagirem o mais rápido possível, na próxima medição do IDH estaremos em uma situação ainda pior, pois o que temos em Japi é mais do mesmo destes últimos vinte anos.

O IDH mostra a realidade vivida pelos munícipes, é com muita tristeza que expomos o que muitos sabem, mas que ignoram, afinal de contas, eles estão muito bem, obrigado!

Fonte de pesquisas: IBGE e Atlas Brasil