Em reunião nesta manhã de quinta-feira (30)
na EMPARN de Caicó, o meteorologista Gilmar Bristot apresentou as previsões
para o inverno deste ano. Na plateia, agricultores, produtores rurais e
autoridades, na esperança de boas notícias sobre a quadra invernosa. Os
resultados apresentados por Gilmar foram oriundos dos estudos de um encontro
realizado recentemente em Fortaleza (CE), reunindo vários segmentos.
Pelo mapa de distribuição da precipitação
média anual apresentada por Gilmar, enquanto no Agreste temos chuvas de até
1600 milímetros por ano, no Seridó este número não chega a ser de 600, e 74,9%
do total de chuvas no Seridó ocorre entre fevereiro e maio. O meteorologista
também explicou as irregularidades de nossas chuvas. “A chuva que acontece aqui
vem de fora. Ela se forma no nordeste, mas as condições são externas. O
nordeste não produz chuva, isso é uma verdade. As chuvas se formam a milhares
de quilômetros daqui”, disse Gilmar ao Blog do Marcos Dantas.
Outro ponto levantado por Bristot é com
relação a influência do vento na chuva. “Como é que uma nuvem vai se formar se
você tem um vento forte batendo nela? 2012 e 2013 aconteceram isso, você
formava a nuvem, batia o vento, e ela dissipava. Ontem a gente observou vento
forte, mas no final da tarde já observávamos chuvas em Jucurutu, se deslocando
para a região de Caraúbas. As condições boas de chuvas é quando o vento vem do
nordeste”, explicou. As previsões de chuvas são feitas a partir das
informações dos Oceanos Pacífico, Atlântico Norte e Sul. Se a temperatura do
Atlântico Norte ficar acima de 25 graus não chove, e a Zona de Convergência não
desce.
“O atlântico norte tem que baixar, e o Sul
subir, para termos um inverno garantido. Se o Atlântico norte não baixar de 26
graus, não chove. Esse amo o Atlântico norte está mais frio do que o ano
passado, e o Sul mais quente, e se continuar, a Zona de Convergência sai
de lá e desce, já que ela não gosta de água fria, e precisa estar sempre em
cima de águas quentes para se formar as nuvens. Há uma garantia de que neste
período chuvoso não vamos ter influência do oceano pacífico, só olhando o
atlântico. As chuvas que se formam sobre a Amazônia está começando a migrar
sobre o nordeste, está havendo uma concordância dos sistemas de meteorologista
vindo para o nordeste”, finalizou Gilmar.
Por Marcos Dantas.
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