sábado, 5 de setembro de 2015

Com Neymar no banco, Brasil enfrenta a Costa Rica em amistoso nos Estados Unidos

Em 5 de setembro de 2014, Dunga reestreou no comando da seleção com a missão de remontar o time e recuperar o prestígio internacional do futebol brasileiro, destroçado após o vexame dado na Copa do Mundo. Neste sábado, exatamente um ano depois, ele começa a buscar novo caminho. O fracasso da equipe na Copa América do Chile sinalizou a necessidade de correção de rota. Por isso, o jogo contra a Costa Rica, às 17 horas (de Brasília), na Red Bull Arena, em Nova Jersey, é mais do que um simples amistoso.

O treinador já tem uma base. O problema é que o time não evoluiu como se esperava e, agora, o tempo é curto. As Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, batem à porta – a seleção estreia em 8 de outubro contra o Chile, em Santiago – e Dunga tem a partida deste sábado e o jogo de terça-feira contra os Estados Unidos para ajustar a equipe.

E o pior é que provavelmente não contará com Neymar no início das Eliminatórias. A CBF recorreu ao CAS (Tribunal Arbitral do Esporte) para tentar diminuir para três jogos a suspensão do craque, que assim poderia ao menos jogar contra a Venezuela, mas ainda não recebeu a resposta.

Também por isso, Dunga vai fazer testes nos dois amistosos. “Temos de ter opções para quando o Neymar não puder jogar ou quando não conseguir jogar. Aí temos de ter outros jogadores”, afirmou. Neste sábado, o craque do Barcelona fica no banco de reservas, mas é certo que entrará durante a partida. “Vamos dar oportunidade a alguns jogadores, fazer um rodízio e lá na frente nós vamos pensar (no time titular)”, disse o treinador.

Dunga levou para os amistosos nos Estados Unidos 13 jogadores que estiveram na Copa América. Resgatou alguns que não puderam ir ao Chile por contusão, como Marcelo e Luiz Gustavo, e recorreu a caras novas, como Lucas Lima. Mas também buscou experiência, dando nova chance a Hulk e a Kaká.

O meia de 33 anos inicia entre os reservas, mas terá chance de mostrar que ainda pode ser útil à seleção, como vem dizendo. “Ele parece um garoto de 21 anos. Está se empenhando e correndo tanto quanto os mais jovens. É um jogador experiente e de muita técnica”, elogiou Dunga.

Contra a Costa Rica, Marcelo Grohe terá chance no gol, Danilo assume a lateral direita e Lucas Lima será o principal responsável pela armação – Dunga escalou também Willian e Douglas Costa e deixou apenas Hulk na frente.

O treinador promete respeitar o estilo do estreante. “Ele (Lucas Lima) vai jogar como joga no Santos. Foi convocado da forma que ele joga em seu clube. Terá liberdade para fazer o que faz no Santos. Estará o mais perto possível da função que ele faz. Terá liberdade com responsabilidade”.

Mesmo com as novidades e precisando reestruturar a seleção, a renovação de Dunga não é tão radical. Tanto que, dos 17 jogadores que utilizou naquela vitória de um ano atrás por 1 a 0 sobre a Colômbia (gol de Neymar), apenas sete não estão neste sábado na seleção. Deles, três – Filipe Luís, Ramires e Oscar – só não fazem parte do grupo atual porque se recuperam de lesão.