Momentos depois de o Tribunal de Contas da União rejeitar as contas de Dilma Rousseff, deputados de oposição se reuniram na casa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para iniciar o debate sobre o roteiro que pretendem estabelecer para deflagrar o processo de impeachment contra a petista.
A expectativa da oposição é que Cunha determine na semana que vem o arquivamento do principal pedido de impedimento, assinado pelo ex-petista Hélio Bicudo e pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior.
Com isso, a oposição irá recorrer ao plenário da Câmara, que, sob o calor da decisão do TCU, irá decidir, por maioria simples, se dá ou não sequência ao pedido.
Caso a decisão seja contrária a Dilma, é aberta uma comissão especial que dará um parecer ao plenário. A petista é afastada do cargo caso pelo menos 342 dos 513 deputados votem pela abertura do processo de impeachment.
A rejeição de Cunha ao pedido e o posterior recurso fazem parte de um acordo para evitar que o presidente da Câmara assuma sozinho o ônus de dar sequência a um pedido que pode resultar no afastamento de Dilma.
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