segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Corintianos de Japi se reúnem para comemorar hexacampeonato


Torcedores do Corinthians que moram em Japi se reuniram na tarde deste domingo (22), para comemoração do sexto título brasileiro, onde o time do parque São Jorge recebeu o troféu de campeão 2015 após uma enxurrada de gols em cima do São Paulo. O resultado do jogo terminou em 6 a 1. O time corintiano entrou em campo apenas com reservas. No entanto, confirmou a freguesia da equipe do Morumbi.

Houve concentração de corintianos em diversos bares da cidade. Uma das maiores aconteceu na fazenda do ex-vereador Zé Darci, que também torce pelo time alvinegro.

Após o término da partida e ao som do hino corintiano, uma imensurável aglomeração composta por centenas de motos e carros percorreu as principais ruas de Japi.


Do Portal Terra - Questionado sobre a concessão de uma autorização para Alexandre Pato enfrentar o Corinthians neste domingo, o presidente Roberto de Andrade avisou: “É festa, não bagunça”. Foi festa e bagunça. Com muitos reservas no gramado de Itaquera, o time que se sagrou hexacampeão brasileiro na semana passada comemorou o título com uma contundente e histórica vitória por 6 a 1 sobre o São Paulo. Bruno Henrique, Romero (2), Edu Dracena, Lucca e (contra) fizeram os gols. Carlinhos descontou, e Cássio ainda defendeu um pênalti de Alan Kardec.

A superioridade do Corinthians foi tamanha que alguns torcedores do São Paulo tentaram deixar o estádio ainda no primeiro tempo, quando o público da casa já gritava “olé” e a humilhação não estava totalmente configurada. O time que prima pelo fair play tripudiou tanto do seu rival que Cristian até se atreveu a repetir a sua comemoração de gol com os braços cruzados e os dedos médios em riste.

Após marcar um gol para cada título brasileiro – e levantar o troféu com Ralf -, o Corinthians chegou aos 80 pontos ganhos na tabela de classificação. A sua campanha será encerrada diante de Sport, na Ilha do Retiro, e Avaí, novamente em Itaquera. Ainda com esperanças de ir à próxima Libertadores, o São Paulo tem 56 e procurará se recuperar do vexame eterno diante de Figueirense, no Morumbi, e Goiás, no Serra Dourada.

O jogo – O São Paulo foi recebido em Itaquera com festa. Bastou a equipe do interino Milton Cruz entrar em campo, no aquecimento, para os gritos de “é campeão” ecoarem das arquibancadas. No telão, havia mais uma provocação – era exibido o gol de Tupãzinho na final do Campeonato Brasileiro de 1990, o primeiro dos seis que o Corinthians já conquistou.

E, no primeiro jogo como hexacampeão nacional, o time de Tite queria que a alegria fosse completa. Mesmo sem muitos titulares – Gil, Elias, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love foram poupados, enquanto Fagner e Uendel retomaram os postos de Edílson e Guilherme Arana -, a intenção era acuar o São Paulo desde os primeiros minutos.

Apenas a boa movimentação, com a intensa troca de passes característica dos titulares, não fez com que os reservas do Corinthians encantassem rapidamente. O São Paulo ficava mais tempo com a bola nos pés, porém não tinha Paulo Henrique Ganso, lesionado, nem criatividade. Luis Fabiano estava no banco de reservas.

Para tornar o Corinthians mais perigoso, Tite resolveu inverter o posicionamento dos seus homens de frente, deslocando Romero do meio para a direita, onde estava Danilo, que foi atuar como centroavante. Deu resultado. Veloz, o paraguaio tirou a tranquilidade de Carlinhos. Apesar de a primeira chance clara de gol tenha se originado do outro lado do gramado.

Aos 25 minutos, Lucca cruzou da esquerda para Bruno Henrique, que só não marcou o gol por causa de uma grande defesa de Denis. O volante acertaria a rede logo em seguida. Na cobrança de escanteio, ele aproveitou o rebote que o goleiro deu em uma cabeçada firme de Felipe e completou para dentro.

O gol desestabilizou o São Paulo. Dois minutos depois, Denis trabalhou bem outra vez em uma conclusão de primeira de Romero, após Lucca inverter o jogo da esquerda para a direita. E foi vazado novamente na cobrança de escanteio. O atacante paraguaio do Corinthians subiu bem, no meio da defesa rival, e cabeceou para ampliar.

A vantagem no placar fez a torcida corintiana trocar os berros de “é campeão” pelo coro de “olé”. No setor visitante, já havia quem não quisesse ficar mais no estádio. Muitos são-paulinos tentaram ir embora mais cedo. E quase Fagner e Thiago Mendes também saíram, com um desentendimento na linha de fundo. O público aproveitou para tripudiar: “Ah, que é isso? Elas estão descontroladas!”.

O descontrole do São Paulo ficaria mais evidente ainda na etapa inicial, com outra falha defensiva. Aos 45 minutos, Danilo fez o cruzamento da esquerda, e Edu Dracena ganhou a disputa de bola com Lucão para cabecear. Denis foi mal, e o próprio zagueiro se esticou para empurrar para a rede na sobra.

Completamente perdido, o São Paulo conseguiu encontrar o caminho para o vestiário no intervalo. Seguiu para lá correndo. E saiu com Luis Fabiano e Reinaldo nas vagas de Rogério e Bruno. No Corinthians, nada mudou. O segundo tempo iniciou com a mesma trilha sonora – “olé”.

Os gritos de “gol” também não cessaram. Aos 15 minutos, o Corinthians colocou o São Paulo na roda com Romero, que passou para Bruno Henrique rolar para Danilo. O veterano tocou de letra para Lucca finalizar na saída de Denis. Um golaço.

Três minutos mais tarde, a rede balançou novamente. Romero foi lançado por Fagner nas costas de Reinaldo e avançou pela direita até bater cruzado na grande área. Hudson desviou para dentro.

Temeroso, Milton Cruz reforçou a sua defesa ao substituir Wesley por Edson Silva. E até viu o São Paulo fazer o gol de honra. Carlinhos anotou de carrinho depois de jogada de Alan Kardec e teve a coragem de comemorar. A torcida do Corinthians ironizou: “Eu acredito! Eu acredito! Eu acredito!”.

O que parecia realmente inacreditável eram os desdobramentos do clássico. Com Lincom e Cristian nas posições de Danilo e Rodriguinho, o Corinthians chegou ao sexto gol. Aos 30 minutos, Romero foi derrubado por Reinaldo dentro da área. Pênalti. Cristian cobrou no canto e repetiu a sua provocativa comemoração com os dedos médios em riste.

O São Paulo teve a oportunidade de amenizar um pouco o vexame quando o árbitro viu pênalti de Edu Dracena sobre Carlinhos, aos 35 minutos. A humilhação foi ainda maior porque Cássio acertou o canto e defendeu a cobrança de Alan Kardec. A festa – e a bagunça – do Corinthians estava completa. Com um gol para cada título brasileiro.

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