quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FENÔMENO “GRANDE E PODEROSO”: Nasa diz que El Niño atual pode ser ‘tão ruim’ quanto o de 1998

A passagem do El Niño atual pode ser tão avassaladora quando a de 1998, ano em que o fenômeno teve a maior intensidade já registrada, alertou a Nasa. O evento meteorológico já está sendo associado a inundações e ondas de calor em diversas partes do mundo, sobretudo no Hemisfério Norte. A agência espacial americana diz ter identificado a assinatura de “um grande e poderoso El Niño”, baseada na mais recente imagem de satélite que retrata o Oceano Pacífico.

O fenômeno, que costuma ocorrer a cada dois a sete anos, normalmente atinge o seu ápice nos fins de ano (o nome é uma referência ao nascimento do menino Jesus, no Natal), embora possa se estender a outras épocas. O evento é caracterizado pelo aquecimento anormal do Oceano Pacífico e pela redução dos ventos alísios. As correntes têm sido levadas para a direção Leste, em direção ao Norte e também a caminho da América do Sul, afetando os padrões climáticos dessas regiões.

De acordo com a agência espacial americana, o El Niño “não mostra sinais de declínio” e a imagem observada agora tem “uma semelhança impressionante” com uma registrada em dezembro de 1997. Ambas refletem o padrão clássico de um El Niño plenamente desenvolvido, avalia a Nasa, em texto divulgado anteontem. Alturas da superfície do mar mais elevados do que a média são uma indicação de que uma espessa camada de água quente está presente.

De acordo com Josh Willis, cientista da missão que fez as imagens, enquanto em 2014 o El Niño oscilou, no início de 2015 as condições atmosféricas mudaram e o fenômeno se expandiu constantemente no Pacífico central e oriental. “Embora a elevação do mar tenha sido mais intensa em 1997 e tenha atingido o seu pico em novembro do mesmo ano, em 2015, a área de elevação do nível do mar é maior. Isso pode significar que ainda não vimos o pico deste El Niño”, afirmou à Nasa.

Este ano, o fenômeno já foi associado a enchentes ocorridas em Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Inundações forçaram ao menos 150 mil pessoas a deixaram suas casas. Cerca de cem mil delas, apenas em Assunção, capital paraguaia. Nos Estados Unidos, 13 pessoas morreram no Missouri, no Centro Oeste do país, após tornados e tempestades fazerem rios transbordarem.

O evento meteorológico também vem sendo relacionado a cheias no Norte do Reino Unido. No Pólo Norte, foram constatas temperaturas acima de 0°C — algo raro para esta época do ano, quando os termômetros costumam marcar -25°C — e previsões semelhantes foram feitas para a Noruega. Na França, o inverno mais ameno obrigou agricultores a anteciparem algumas colheitas, como de morangos e aspargos. Há registros também de aumento da poluição em Milão e Roma, na Itália.

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