Os últimos três presidente da CBF montaram um esquema que arrecadou ao menos R$ 120 milhões em propinas, lesando o futebol brasileiro e a própria entidade. As informações são de matéria do jornal O Estado de S.Paulo, assinada por Jamil Chade, colaborador dos canais ESPN.
Segundo a reportagem, investigações lideradas pelo FBI concluíram que Marco Polo del Nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira cobraram uma espécia de pedágio para cada empresa que procurava a CBF para fechar fechar acordos de transmissão ou de exploração de marketing.
Segundo os investigadores, o esquema fez com que acordos mais vantajosos deixassem de ser assinados, sempre em favor de companhias que concordavam em pagar propinas. Em outras palavras, tanto a CBF como o futebol brasileiro poderiam ter arrecadado mais para financiar clubes e torneios.
O envolvimento dos três cartolas foi resumido em uma frase em documento emitido pelo Departamento de Justiça dos EUA: “Eles conspiraram de forma intencional para fraudar a CBF”.
Entre os exemplos de propinas, está, por exemplo, R$ 2 milhões por ano em pagos pelo empresário José Hawilla para as edições da Copa do Brasil.
Teixeira ainda dividiu com Hawilla US$ 40 milhões em uma conta na Suíça. O acordo foi consequência do contrato entre Nike e CBF, avaliado em US$ 160 milhões e fechado nos anos 90 com intermediação do empresário.
O valor de R$ 120 milhões, no entanto, pode ser maior. Del Nero e Marin, por exemplo, compartilharam propinas para pelo menos três edições da Libertadores da América. Teixeira também recebeu milhões de dólares para garantir a presença dos melhores jogadores brasileiros nas Copas América de 2001 a 2011.
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