sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Ministério da Saúde capacita mais 11 laboratórios para diagnosticar zika; RN na lista

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira que capacitou mais 11 laboratórios públicos para fazer o diagnóstico do vírus zika. Somados às cinco unidades de referências já existentes para este tipo de exame, o país passa a contar com 16 centros capacitados para o teste. Atualmente, a técnica diagnóstica utilizada pelo Ministério da Saúde é o PCR (Biologia Molecular). Segundo o órgão, nos próximos dois meses, a tecnologia do exame será transferida para os novos laboratórios, totalizando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos da doença em todo o território nacional.

De acordo com o ministério, o aumento do número de laboratórios capacitados a fazer o teste visa a ampliar a capacidade e dar maior agilidade na detecção do vírus. O repasse da tecnologia está sendo feito pelos laboratórios sentinelas de referência da Fiocruz, localizados no Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Pará (Instituto Evandro Chagas) e São Paulo (Instituto Adolfo Lutz). O Ministério da Saúde também fez, nesta semana, pregão para compra de insumos (primers e sonda) para a realização de 250 mil exames a um custo de R$ 645 mil. Até a primeira quinzena de janeiro, todos os laboratórios terão recebido os insumos.

Hoje, estão capacitados para realizar os exames os Laboratórios Centrais (LACENs) dos estados da Bahia, Amazonas, Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Além dos laboratórios sentinelas de referência, que também terão uma aumento de produção. Segundo o ministério, em média, essas unidades realizam mensalmente cerca de 80 exames em todo o país. Com o aumento de casos de microcefalia, em decorrência do vírus zika, essas unidades passarão a usar 100% da sua atual capacidade instalada.

Já está programada a capacitação em RT- PCR em tempo real para mais 11 laboratórios centrais, que ficam nos estados do Espírito Santo, Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Roraima e Rondônia.

Atualmente, o Ministério da Saúde utiliza a vigilância sentinela para o monitoramento dos casos da doença. A circulação do vírus em uma região é confirmada em algumas amostras, por meio de teste PCR. Os Laboratórios de Referência Nacional (sentinelas) – que realizam todos os testes de zika no país – são unidades laboratoriais de excelência técnica altamente especializada, na escolha da metodologia a ser utilizada e na capacitação dos outros laboratórios. Em média, leva-se de 0 a 15 dias para coleta, envio ao laboratório de referência, processamento, análise e resultado das amostras.

O teste deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. A partir da confirmação e caracterizada a presença do vírus na região, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Vale ressaltar que o vírus zika é de difícil detecção já que cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.

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