O grupo Estado Islâmico sequestrou ao menos 400 civis, entre eles mulheres e crianças, após um ataque à cidade de Deir Ezzor, no leste da Síria, onde deixou ao menos 135 mortos, informou neste domingo uma ONG.
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, indicou à AFP que o grupo jihadista sequestrou os civis em Al Baghaliyeh, um subúrbio de Deir Ezzor, e em outros setores, e os levou a regiões sob seu controle.
O Estado Islâmico matou no sábado em Deir Ezzor ao menos 135 pessoas, segundo o OSDH.
Entre as pessoas sequestradas, todas elas de confissão sunita, como os membros do EI, “figuram mulheres, crianças e famílias, assim como combatentes pró-regime”, disse Rahman. Os capturados foram levados a zonas controladas pelos jihadistas na mesma província de Deir Ezzor, assim como à província vizinha de Raqa, segundo o diretor do OSDH.
No sábado, o Estado Islâmico lançou uma grande ofensiva contra a cidade de Deir Ezzor, capital da província homônima, tomando sob seu controle o distrito de Al Baghaliyeh, onde mataram ao menos 85 civis e 50 combatentes pró-regime, a maioria através de execuções.
A agência de notícias oficial síria Sana, que cita vários moradores do local, denunciou um massacre e informou que haveriam 300 civis mortos.
O sequestro de civis em Deir Ezzor ocorreu no mesmo dia em que forças do governo sírio bombardearam áreas controladas pelo Estado Islâmico em Aleppo, no norte do país.
Posição do Brasil
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota neste domingo manifestando “profunda consternação” pelos ataques terroristas na cidade síria de Der Al-Zour.
“O Governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, todo ato de terrorismo, a intolerância religiosa e o recurso à violência indiscriminada, praticados sob qualquer pretexto contra populações civis”, diz.
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