domingo, 10 de janeiro de 2016

Programa de reciclagem pode gerar 285 mil empregos no país

A necessidade de atualizar a atual frota de veículos no Brasil está unindo sindicatos patronais e de trabalhadores que atuam em toda a cadeia produtiva em torno do Programa de Sustentabilidade Veicular (PSV). Desenvolvido por 19 entidades do setor automobilístico e em avaliação pelo governo federal, o programa visa retirar de circulação veículos leves com mais de 15 anos e caminhões e ônibus com mais de 30 anos de uso.

Segundo entidades ligadas ao projeto, a medida pode gerar um acréscimo de até 500 mil veículos novos vendidos por ano no país e ajudar na recuperação do setor, que teve queda de 26,6% nos emplacamentos em 2015. Os proprietários poderão deixar os veículos velhos em uma rede autorizada de unidades de reciclagem veicular. Em troca, o cliente receberá uma carta de crédito para abater no valor de compra de veículos novos ou seminovos (com menos de 15 anos).

A estimativa é que o aquecimento econômico provocado pela medida gere 285 mil empregos em toda a cadeia produtiva. A expectativa da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) é que o projeto gere 250 mil novos postos de trabalho só na metalurgia. Segundo a CNM, o programa é uma reivindicação dos trabalhadores desde o final da década de 90. Além da questão ambiental, a CNM destaca a importância do programa na geração de novos postos de trabalho, que poderão injetar dinheiro na economia. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista (SMABC), que também apoia o projeto, informou, via assessoria de imprensa, que o programa é hoje ainda mais necessário diante do agravamento da situação econômica. Segundo a Anfavea, a indústria automobilística eliminou 14.732 postos de trabalho no ano de 2015. A reação dessas demissões é em cadeia. Na região do ABC, o comércio varejista teve uma queda, de janeiro a outubro de 2015, de 2,5%, ou seja, a perda de 2.967 empregos, segundo a Federação do Comércio de São Paulo (FecomércioSP).

O PSV foi apresentado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em nota, a pasta confirma que “está estudando propostas”, mas declara que “não há definição” sobre prazos de implantação.

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