terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ao Ministro Mercadante:

Ao Ministro Mercadante, que só tem falado asnices, diga-se. Primeiro, por favor, faça mais (muitas mais) edições do ENEM, não fique em uma por ano, senão vira vestibular. Tente sair apenas do cognitivo, do mercadológico e cobre, ao longo do curso, que o aluno apresente mais valores morais, como solidariedade. Depois, enfie na digníssima genitora todo assessor que falar em meritocracia, concorrência e preparar para o mercado. Nada contra ensino técnico, importante, mas ele é apenas para os pobres e remediados, né? Educação, ministro, vai muito, além disso. Valorize e qualifique seus professores e não use rankings: educação não é olimpíada. Sim, crie modelos de avaliação e uso de seus resultados para ajudar nos processos internos das escolas. Sim, avalie os professores, não para puni-los, valorizá-los apenas financeiramente ou para também ranqueá-los (uai, já virou português?) mas para ajudar no processo de formação. Quem sabe, um dia, o senhor possa acabar com excrescências como ano letivo, enturmação, aula, sala de aula, reprovação, disciplinaridade e outros quiçás? Não, bigodudíssimo Mercadante, não distribua computadores apenas por distribuir e favorecer fornecedores. Incentive o uso de softwares livres, dê computadores a quem apresentar projetos pedagogicamente relevantes para seu uso. E, não, não é ausência de reprovação a causa do fracasso relativo da educação brasileira: é porque não desapegamos do passado. Aproveite bem a grana que vem por aí. E sorria ministro, sorria.


Nelson Silva Guarani Kaiowá

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