Ao Ministro Mercadante, que
só tem falado asnices, diga-se. Primeiro, por favor, faça mais (muitas mais)
edições do ENEM, não fique em uma por ano, senão vira vestibular. Tente sair
apenas do cognitivo, do mercadológico e cobre, ao longo do curso, que o aluno
apresente mais valores morais, como solidariedade. Depois, enfie na digníssima
genitora todo assessor que falar em meritocracia, concorrência e preparar para
o mercado. Nada contra ensino técnico, importante, mas ele é apenas para os
pobres e remediados, né? Educação, ministro, vai muito, além disso. Valorize e
qualifique seus professores e não use rankings: educação não é olimpíada. Sim,
crie modelos de avaliação e uso de seus resultados para ajudar nos processos
internos das escolas. Sim, avalie os professores, não para puni-los,
valorizá-los apenas financeiramente ou para também ranqueá-los (uai, já virou
português?) mas para ajudar no processo de formação. Quem sabe, um dia, o
senhor possa acabar com excrescências como ano letivo, enturmação, aula, sala de
aula, reprovação, disciplinaridade e outros quiçás? Não, bigodudíssimo
Mercadante, não distribua computadores apenas por distribuir e favorecer
fornecedores. Incentive o uso de softwares livres, dê computadores a quem
apresentar projetos pedagogicamente relevantes para seu uso. E, não, não é
ausência de reprovação a causa do fracasso relativo da educação brasileira: é porque
não desapegamos do passado. Aproveite bem a grana que vem por aí. E sorria
ministro, sorria.
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