quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Nível d’água baixa a 34% na maior barragem do RN

A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves,  maior represa de água do Rio Grande do Norte, se encontra no pior nível desde sua construção, em 1983. Após trinta anos de atividade, a represa está hoje com 34,81% da sua capacidade. Apesar da meteorologia ter boas expectativas para o inverno, para evitar o colapso de abastecimento das cidades supridas pela barragem, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) apresentará na próxima segunda-feira, 13, um plano de racionamento de água para a região do médio oeste.

Atualmente, a barragem acumula 835.400 milhões m³, de um total de 2,4 bilhões m³ da capacidade máxima de acumulação de água. “É o menor nível desde a sua construção”, afirma Joana D’arc Medeiros, coordenadora de gestão de recursos hídricos da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hiídricos (Semarh).

Localizada em Assu, a barragem abastece 34 municípios potiguares todos os dias por meio do sistema de adutoras, além da captação direta ao rio Piranhas-Açu, ao qual também é responsável por manter perene o trecho da bacia imerso no RN. Além de abastecer mais de 500 mil habitantes, este reservatório de  60 km de extensão, proporciona irrigação de uma área aproximada a 30 mil hectares no Vale do Açu.

Diante da emergencial situação, algumas medidas já foram adotadas. De acordo com a coordenadora, a vazão de dispensação de água foi reduzida para manutenção da capacidade. Em junho de 2013 a vazão era de 10 mil litros por segundo, e no mês seguinte foi alterada para 7,5 mil litros por segundo. No entanto, devido complicações no abastecimento da cidade de Pendências, houve um aumento da vazão para 8,5 mil l/s e deve ter diminuído pro ocasião da menor quantidade.

“Esperamos as previsões para o inverno deste ano, mas se a configuração for negativa, vamos racionar a água”, expõe a Joana D’arc. Apesar disto, nenhuma das comportas da barragem foram fechadas e ela ainda serve tanto para o consumo humano, quanto para a irrigação.

Adiantando as perspectivas da Semarh, a Caern tem em construção um plano de racionamento de abastecimento para um dos seis sistemas de adutora de água que se alimenta da Armando Ribeiro. Trata-se do Sistema de Adutora do Médio Oeste, que leva  água para os municípios de Triunfo, Paraú, Campo Grande, Messias Targino, Janduís e Patu têm causado preocupação na Companhia e deve passar por racionamento nas próximas semanas.

Nesta próxima segunda-feira, 13, será apresentado à direção da Companhia e a Semarh o plano de racionamento. Se autorizado, será colocado em prática de imediato. “O sistema médio oeste foi o primeiro que apresentou sinais de preocupação, em função da diminuição do volume do rio (Piranhas-Açu). O plano só será descartado se houver boas chuvas ao final de janeiro”, informa Izaías Costa, gerente operacional da Caern.

O racionamento será constituído pelo rodízio de dias de abastecimento entre as cidades, selecionadas de acordo com a população e consumo de cada uma. Costa já adianta que a cidade de Patu é uma das mais próximas à calamidade. “Em Patu a situação está péssima por ser a última cidade do sistema adutor. Estão quase em racionamento voluntário”, relata.

Mesmo com o baixo volume, ele garante que as cidades não estão desabastecidas. Contudo, alterações na captação foram necessárias para garantir o suprimento de água. Foi mudado três pontos de captação, “pois o local já não era ideal”. “Para o Médio Oeste, Jucurutu e Serra de Santana, mudamos a captação de cada sistema para garantir o abastecimento”, relata.

Tribuna do Norte.

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