Ao
longo de 2 domingos os alunos da turma II do Curso de Pedagogia do
IESTEC/FAIBRA, Polo de Japi-RN, tiveram a oportunidade de se inteirar sobre
diversos conceitos acerca do estudo da educação e da antropologia cultural na
disciplina de mesmo nome ministrada pelo professor José Mário Dantas.
Em
linhas gerais, Antropologia é uma ciência social surgida no século XVIII.
Porém, foi somente no século XIX que se organizou como disciplina científica. A
palavra tem o seguinte significado: antropo = homem e logia = estudo. Porém, em
amplo conceito, é uma CIÊNCIA SOCIAL que tem como objeto o estudo sobre o HOMEM
e a HUMANIDADE de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas
DIMENSÕES.
Ainda
podemos entender a Antropologia como a ciência que estuda os COSTUMES, CRENÇAS,
HÁBITOS e ASPECTOS FÍSICOS dos diferentes povos que habitaram e habitam o nosso
planeta. Investiga o ser humano interagindo com o seu próprio meio, seus
costumes e práticas.
Por
EDUCAÇÃO, compreendemos os processos de ENSINAR e APRENDER. É um fenômeno
observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável
pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se
seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao
ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de
sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social,
seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos
grupos à sociedade.
Por
CULTURA, podemos conceituar como sendo aquele todo complexo que inclui o
conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros
hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Em suma,
é tudo aquilo que caracteriza uma população humana, sua construção histórica.
Diz respeito a todos os aspectos da vida social.
No
período de estudo da disciplina Educação e Antropologia Cultural, os educandos
foram capazes de entender a cultura e a diversidade cultural, bem como aprender
sobre a importância da Antropologia como ciência que busca compreender o outro
e o diferente, compreender que nossa cultura e sociedade não são as únicas, nem
as mais verdadeiras, originais e autênticas.
PAINEL
HISTÓRICO-GEOGRÁFICO-POLÍTICO-CULTURAL DO MUNICÍPIO DE JAPI-RN
A
construção desse painel se deu pela relevante necessidade de despertar nos
alunos a motivação no sentido de contribuir para o resgate da memória do povo
do município de Japi, enfocando principalmente o desenvolvimento sistemático da
pesquisa como fator acadêmico que culminou em importante trabalho que foi
apresentado na tarde de domingo (16/03/2014).
Os
GT´s – Grupos de Trabalho - foram organizados previamente para iniciarem o
processo de coleta de dados informacionais que culminou no seguinte resultado:
entrevistas com pessoas idosas, agentes culturais, professores, historiadores,
levantamento dos principais fatos etc.
CONHECENDO O NOSSO LUGAR, NOSSA GENTE,
NOSSOS VALORES
Mapa do município de Japi-RN |
Abaixo, reprodução de alguns
trabalhos dos alunos de Pedagogia – Turma II - Polo de Japi/RN:
Aspectos Históricos:
O rio Jacu nasce na Serra
dos Cariris Velhos, na Paraíba e vai até a localidade de Picos, no município de
Nova Cruz. Seguindo separa os municípios de Nova Cruz e Santa Cruz, chegando
até a área do Umbuzeiro e segue seu curso pelas terras de Santo Antônio e
Goianinha, despejando suas águas na lagoa de Guaraíras.
Foi às margens desse rio que
em 1716, surgiu um pequeno núcleo de moradores, quando os Capitães Julião
Borges de Góis e Manuel Pereira receberam a sesmaria de Jacu para exploração da
área. A história mostra que por muitos anos a região passou pela responsabilidade
de vários proprietários. No ano de 1724, a área que vai do rio Trairi ao Jacu
pertencia ao Sr. Antônio Moreira Paiva.
Em 1731 conforme registros,
as seis léguas nos providos de Japi de Fora, inclusive o Poço Santo Antônio,
ficaram sob a responsabilidade do Sargento-Mor Manoel Palhares Coelho e do
Capitão Dionísio Borges da Fonseca. Em 1784 a localidade já era uma fazenda que
progredia através do desenvolvimento pastoril agrícola, e com a construção da
capela de São Sebastião o povoado tomou novo impulso. Na época o responsável
pelo povoado era o Sr. João Batista Confessor.
Por causa do progresso
gradativo da agricultura e da pecuária, o povoado de Japi cresceu lentamente.
Em 1942, contava apenas com uma escola, uma agência fiscal e policiamento efetivo.
Em 21 de dezembro de 1953,
Japi tornou-se distrito vila de São José de Campestre, e em maio de 1958, por
força da Lei no 2.399, desmembrou-se de São José de Campestre e tornou-se um
novo município potiguar.
Curiosidade:
A primeira casa de alvenaria
foi construída em 1922 pela família Confessor, embora desconhecida foi uma das
famílias fundadoras da cidade.
Aspectos Geográficos:
Japi está localizado na
Região do Traíri, mais precisamente microrregião do Borborema Potiguar e na
mesorregião do Agreste Potiguar, está a 134 quilômetros de distância da
capital, na altitude de 284 metros acima do nível do mar, contando com uma área
de 188,991 km² de extensão, onde residem 5.522 pessoas, sendo 4.107 na zona
urbana, e 1.415 na zona rural. Limitando-se a oeste com a São Bento do Trairi e
Santa Cruz, a sul com o Estado da Paraíba e a leste com a Monte das Gameleiras
e São José do Campestre e ao norte com Santa Cruz, Tangará e São José do
Campestre.
Aspectos Religiosos:
A religião com a
grande maioria em Japi é a católica apostólica romana com aproximadamente
4.399 pessoas e as demais como evangélicas com 722 pessoas e espiritas com
0 (zero). Informações obtidas do Censo do IBGE, 2010.
* Os alunos realizaram uma
entrevista com senhor Ezequias Dantas da Silva, responsável pela instalação da
denominação religiosa Adventista no município de Japi-RN.
São Sebastião - Padroeiro de Japi-RN |
Festa do Padroeiro de Japi-RN |
Para falar do aspecto
cultural não poderíamos deixar de procurar uma das pessoas mais conhecedoras
sobre este assunto do que a Senhora Lúcia Martins de Souza filha do criador do
"cultura papangu", o Senhor Pedro Horácio (Falecido).
Ela (Lúcia) falou que quando
era criança o pai brincava de papangu e descreveu tudo.
Ele (Pedro) se enfeitava
como um chapéu amarado com um laço de fita, máscara de papelão, amarava latas e
saia arrastando e fazendo barulho, na época havia fogão de lenha e ele passava
as mãos na tirna e no rosto, se enfeitava, coloca um saco nas costa, uma
garrafa de vinho doce (refrigerante), colocava pedaços de doce de goiaba em uma
penico.
Logo depois saia brincando
ai ele pegada um pedaço de doce de goiaba no penico com o um garfo e comia, e as
crianças sem saber ficavam falando “Pense em um homem seboso” e também ele
jogava balas para as crianças pegarem e quando eles vinham ele batia o chicote
do chão e eles saiam correndo. Em outras oportunidades ele sai com um roupa
feita de saco de estopa formando assim um vestido, sai nas casas tocando um
bombo junto com mais quatro colegas todos com instrumentos musicais. Essa
cultura ainda existe até os dias atuais mais com algumas mudanças.
Para falar de política
procuramos uma pessoa que conhece a política do município a Senhor Antonieta
Maria de Medeiros ex-prefeita de Japi eleita em 1992 com aproximadamente 2.000
votos.
Foi perguntado a ela se tem saudades da política e rapidamente respondeu não, porém as vezes sinto um pouco de saudades, por gostar de estar no meio do povo, e sempre atendendo as necessidades da população do município,
Ao perguntar da onde
veio a força política ela disse que de incentivo do marido Francisco Medeiros
Sobrinho também ex-prefeito de Japi e Santa Cruz. Onde já foi prefeito em três
ocasiões duas em Japi e uma em Santa Cruz.
PREFEITOS DE
JAPI:
Pedro Tolentino de Medeiros
– 1960-1965
Geraldo Anselmo Pinheiro–
1965-1969
Francisco Adésio de Medeiros
– 1969-1973
Pedro Araujo de Medeiros –
1973-1977
Francisco Adesio de Medeiros
– 1977-1983
Francisco Medeiros Sobrinho
– 1983-1988
Manoel Soares da Costa –
1988-1989 (Interino)
Gentil Pinheiro – 1989-1992
Maria Antonieta Pontes de
Medeiros – 1993-1998
Tarcisio Araujo de Medeiros
– 1997-2000
Francisco Medeiros sobrinho
– 2001-2004
Francisco Medeiros Sobrinho
– 2005-2005 (Perca de Mandato)
Tarcísio Araujo de Medeiros
– 2005-2008
Robson Wanderley de Medeiros
– 2009 Até o presente
FONTES:
Terras Potiguares / Marcus César Cavalcanti de Moraes. - Natal (RN) :
Editora Foco, 2007. - 3° Ed. 342 p.
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