O
governo Dilma atrasou neste ano o repasse de recursos para as redes públicas de
ensino. O programa com o maior atraso é o que prevê envio de verba diretamente
da União para colégios municipais e estaduais – para compra de materiais,
reformas ou para projetos pedagógicos. As informações são da Folha de S. Paulo.
Até
2013, o pagamento do Programa Dinheiro Direto na Escola era feito de uma vez,
no meio do ano. Em 2014, foi repassada só a metade dos R$ 936 milhões, no
primeiro semestre. Não há previsão para o pagamento do restante.
Sem
o dinheiro, muitos equipamentos e serviços terão de ser custeados por
prefeituras e governos estaduais. Considerando todas as áreas, os governadores
calculam que a União não repassou R$ 2 bilhões a Estados e municípios neste
ano.
Na
educação, há atraso ainda no repasse do Salário Educação, em que a União
recolhe 2,5% do que é pago pelas empresas a seus funcionários e repassa para
Estados e prefeituras investirem no ensino básico público. Segundo sistema
governo, até 2013, a verba era enviada até o dia 20 de cada mês. Em 2014,
atrasou de 10 a 15 dias.
A
Confederação Nacional dos Municípios reclama também da demora da União para
transferir sua parte no Fundeb, fundo nacional para financiar o ensino público.
Cabe
ao governo federal enviar fundos para Estados e municípios que não atinjam um valor
mínimo de recursos para a rede pública (R$ 2.300 por ano por estudante).
“Municípios
e escolas mais pobres são os que mais precisam do dinheiro federal”, disse o
presidente da confederação, Paulo Ziulkoski. “Em meio a tudo isso, as escolas
têm de se virar, fazer festinha para arrecadar dinheiro.”
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