O
agricultor sofrido e o péssimo atendimento do INSS
Por
Chico Félix
Chegando
o nosso verão,
O
pobre entra em desalento,
Falta
recurso pra tudo e alimentação para o sustento,
Dana-se
a fazer carvão e transportar de jumento.
Pobre
agricultor, triste e amargurado,
Que
luta contra o tempo,
Até
ser aposentado,
Seu
rosto mostra ainda, as rugas do sofrimento,
Trabalhando
sol a sol,
E
ainda negam o aposento.
O
pobre chega cansado da idade e sofrimento,
Protocolar
benefício e se choca com o atendimento,
Diz
temeroso da vida, isso é que dar estresse,
Esse
setor tão safado, chamado INSS.
O
agricultor chega em casa, num desespero profundo,
Diz
logo a sua mulher, que vai acabar o mundo,
Lote
de cabras de peia, sem compromisso algum,
Recebem
o dinheiro do povo e não tratam bem nenhum.
Diz,
mulher eu cheguei lá, nesse instituto que eu pago todo mês,
Esperei
e fiquei cansado, aguardando a minha vez,
Quando
foram me chamar, já passava o meio dia,
A
fome era tão grande, que me deu até agonia.
Atenderam
todo mundo, e me deixaram para o final,
Pensando
que eu era um cachorro, que ia lhe fazer mal,
Começou
minha entrevista, não respondi quase nada,
Não
sabia das palavras, que o atendente falava.
Fiquei
muito pensativo, no que podia ocorrer,
Não
assinei nem meu nome, pois não sabia escrever,
Perguntei
ao atendente o que pode acontecer,
Ele
foi franco comigo, apesar de ignorante,
O
senhor sabe bem, ouvir e não responder?
Estás
liberado por mim, nada mais tenho a dizer,
Procure
um advogado, para defender você,
Lavrador
entristecido, raivoso e deselegante,
Com
muita fome dizia, o que vim aqui fazer.
O
servidor administrativo, com maldade e sem temor,
Chegou
até debochar, desse pobre lavrador,
Se
achando que era tudo, apesar de atrevido,
Muito
cheio de razão, me disse tudo acabou.
O
agricultor sofrido, sem dó e sem piedade,
Dessa
vez usou a voz e lhe chamou de doutor,
Complementando
a frase, mostrando capacidade,
Foi
logo dizendo assim: Estou falando do tal, que nega sem temor,
O
benefício do pobre que nada tem de valor.
Por
essa razão meus amigos, tenha bastante cuidado,
Refiro-me
aquele povo, que age mal educado,
Antes
de chegar lá, evite sempre estresse,
Estou
falando do povo do INSS.
Difícil
foi chegar lá, junto aos maus procedimentos,
Mais
fácil achei de andar, montado em um jumento,
Temente
e desesperado, diz o agricultor pensativo,
Mais
fácil é puxar uma enxada, de que ir lá ser atendido,
Oh,
INSS ruim e cheio de muitas maldades,
Recebem
o dinheiro do povo, para tratar com crueldade.
Por
isso meus conterrâneos, pobres agricultores,
Quando
precisarem ser atendidos, cuidado com dissabores,
Cheios
de capacidades, tais funcionários são,
Falta
ainda o principal, que é pensar no seu irmão,
Tratar
com capacidade, e não faltar com atenção.
Comportamento
é bom, para gregos e troianos,
Não
pode deixar faltar, o relacionamento humano,
Essa
é uma aula, para o bom entendedor,
Mesmo
com o sofrimento, de um pobre agricultor,
Diz
a todos os amigos, que o INSS o maltratou.
Só
tem a certeza esse velho, que lá foi muito humilhado,
Procurou
o INSS, para ser aposentado,
Não
conseguiu direto, mas a justiça aposentou,
Direito
sagrado e certo, que da miséria o tirou.
Francisco Costa de Pontes (Chico Félix)
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