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CASA DA DINDA FOI CONSTRUÍDA E PERTENCEU AO EX-GOVERNADOR DO RN SILVIO PEDROZA
Lamborghini |
Ferrari
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Vinte
e três anos depois, a Casa da Dinda –onde mora o senador Fernando Collor
(PTB-AL)–, em Brasília, voltou à cena nesta terça-feira (14) após ser alvo de
operação da Polícia Federal. No início dos anos 1990, o local foi pivô de
polêmicas como a reforma milionária do jardins e rituais de magia negra.
No
local, agentes da PF apreenderam pelo menos três carros de luxo. Foram levados
uma Ferrari vermelha, um Porsche preto e uma Lamborghini prata. Curiosamente,
nenhum deles consta na declaração de bens do senador na eleição de 2014, quando
foi reeleito para o Senado.
A
mansão é conhecida pelo luxo em seus 13 mil m² de área e fica no Lago Norte,
área nobre de Brasília.
Polêmicas
Em
1992, ano de impeachment de Collor, a casa foi pivô de um escândalo nacional:
uma reforma dos jardins orçada em US$ 2,5 milhões (mais de R$ 8 milhões em
valor atual) teria sido bancada com dinheiro de contas fantasmas administradas
pelo então tesoureiro de Collor, o empresário Paulo César Farias.
E
não foi só. Segundo livro publicado em dezembro de 2014 pela ex-mulher de
Collor, Rosane Malta, o então presidente também fazia rituais de magia negra na
casa, com direito a matança de animais.
Quando
voltou a morar em Brasília, em 2007 –ano seguinte à eleição para o Senado pelos
alagoanos–, Collor chegou a dizer que não voltaria a morar no local por trazer
“más lembranças”. Foi para lá que o senador se dirigiu logo após assinar o
termo de renúncia.
Pouco
tempo depois, porém, ele deixou o imóvel funcional do Senado e passou a viver
na casa com a mulher, Caroline, e as filhas.
Moradia
oficial
Foi
na Casa da Dinda que Collor residiu enquanto foi presidente da República, entre
1990 e 1992. À época, ele decidiu abdicar de viver no Palácio da Alvorada
porque o local estava em reforma –o então presidente disse que não teria se
adaptado à Granja do Torto, a outra moradia oficial do presidente.
A
casa foi comprada pelo pai de Collor, o Arnon de Mello, em 1968. Ela
homenageia a mãe de Collor, dona Leda, morta em 1995 vítima de broncopneumonia.