DESPEDIDA
Eis aqui o programa
De minha partida
Porque minha tarefa
Já está vencida
Desde já aos meus alunos
Faço minha despedida
Me despeço dos alunos
E das alunas também
De Maria e de João
Que são pessoas de bem
E de toda vizinhança
E das pessoas mais além
As duas horas da tarde
Tenho eu de regressar
Deste vale de Japi
Irei em busca de meu lar
E hoje mesmo que termino
A escola rudimentar
Atualmente professor
O cargo de professor
Nessa zona de Japi
Me achei sendo instrutor
Desasnando a família
De João Batista confessor
Fiz aqui meu paradeiro
Debaixo de um céu de anil
Me achei sendo instrutor
Da criançada juvenil
O futuro da nação
É a educação infantil
Meus sonhos dourados
Estão em meu lar
Que prazer terei
Quando eu lá chegar
A vida corre fagueira
Quando daqui regressar
Aqui cai o pano
A escola se encerrou
To-to- ro-ro
Recitando o som de dó
A escola acabou
Poema de Francisco Ferreira, em despedida da família Confessor e da escola onde foi professor, instruindo a mesma família. A escola funcionou apenas quatro meses em dois períodos, no ano de 1927, na localidade chamada Japi no Rio Grande do Norte.
Recordação comemorativa do meu regresso da minha partida e dos belos dias que aqui passei.
Eis aqui o programa
De minha partida
Porque minha tarefa
Já está vencida
Desde já aos meus alunos
Faço minha despedida
Me despeço dos alunos
E das alunas também
De Maria e de João
Que são pessoas de bem
E de toda vizinhança
E das pessoas mais além
As duas horas da tarde
Tenho eu de regressar
Deste vale de Japi
Irei em busca de meu lar
E hoje mesmo que termino
A escola rudimentar
Atualmente professor
O cargo de professor
Nessa zona de Japi
Me achei sendo instrutor
Desasnando a família
De João Batista confessor
Fiz aqui meu paradeiro
Debaixo de um céu de anil
Me achei sendo instrutor
Da criançada juvenil
O futuro da nação
É a educação infantil
Meus sonhos dourados
Estão em meu lar
Que prazer terei
Quando eu lá chegar
A vida corre fagueira
Quando daqui regressar
Aqui cai o pano
A escola se encerrou
To-to- ro-ro
Recitando o som de dó
A escola acabou
Estes versos são do celebre Professor rudimentar de primeira letra, na zona do Município de Santa Cruz, do Estado do Rio Grande do Norte.
Francisco Ferreira da Rocha, 08 de fevereiro de 1927.
Por Elienai de Souza Confessor