Moradores de Baixo Guandu,
no Espírito Santo, observam a chegada da lama
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O governo federal e os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo vão entrar na próxima segunda-feira, 30, com uma ação na Justiça para cobrar R$ 20 bilhões das empresas responsáveis pelo rompimento da barragem em Mariana (MG).
Além da Samarco, a ação também terá como alvo a Vale e a BHP Billinton. O anúncio da medida foi feito nesta sexta-feira, 27, após a presidente Dilma Rousseff se reunir no Palácio do Planalto com os governadores de Minas, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung.
Segundo o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a ideia de o governo agir em conjunto com os Estados atingidos é dar força para a ação e conseguir tirar do papel as medidas para revitalizar a Bacia do Rio Doce e pagar as indenizações à população afetada.
Adams explicou ainda que o dinheiro vai para um fundo, que será gerenciado pela Justiça. O pagamento não vai ser feito todo de uma vez, mas sim com base no faturamento ou no lucro das três empresas.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltou a afirmar que a recuperação ambiental das regiões atingidas deve levar, no mínimo, uma década. Ela fez questão de ressaltar que o episódio não é um desastre natural, e que, portanto, as empresas responsáveis têm de pagar pelo que aconteceu.
O rompimento de barragem da mineradora Samarco aconteceu no dia 5 de novembro. Até agora, nove mortes foram confirmadas e outras dez pessoas seguem desaparecidas. A lama que vazou destruiu Bento Rodrigues, atingiu o Rio Doce via afluentes, e chegou ao mar no Espírito Santo. No caminho, os rejeitos de minério de ferro arrasaram fauna, flora e deixaram moradores de cidades ribeirinhas sem água.
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