A Anvisa aprovou o uso da primeira vacina contra a dengue. A Dengvaxia foi desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur e oferece proteção contra os quatro sorotipos da doença, incluindo febre amarela, chikungunya e zika. O remédio foi testado em mais de 30 mil pessoas, em 80 países, incluindo o Brasil, e pode ser usado por pessoas de 9 a 45 anos. Ainda não há previsão de chegada ao mercado. “Dengvaxia tem o potencial de reduzir significativamente as enfermidades causadas pela dengue e ajudar o Brasil a alcançar as metas de redução da doença para 2020 da Organização Mundial da Saúde”, disse, em nota, Guillaume Leroy, vice-presidente da divisão da Vacina da Dengue do laboratório Sanofi Pasteur.
O Brasil é o terceiro país a aprovar o uso da vacina, após o México e as Filipinas. A liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para comercialização do medicamento foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira. A vacina é produzida em uma fábrica em Lyon, na França, com capacidade de desenvolver 100 milhões de doses por ano. As áreas endêmicas terão prioridade. Segundo a rádio CBN, como o Brasil foi um dos primeiros a aprovar a vacina, provavelmente estará na frente.
O medicamento apresenta um índice de proteção de cerca de 66%. O grupo brasileiro teve uma resposta maior aos testes, mas a média foi influenciada por um grupo da Tailândia que não reagiu bem ao antídoto. Nas pesquisas, constatou-se que a vacina preveniu a hospitalização em 80% dos casos e diminuiu em 93% a ocorrência da dengue hemorrágica. O Brasil registrou mais de 1,5 milhão de casos de dengue até o final de novembro, com mais de 800 mortes.
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