A série de advertências e a luta da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre a dificuldade da grande maioria dos municípios brasileiros de pagar o piso nacional dos professores é destaque em matéria publicada nesta segunda-feira, 14 de dezembro, pela Folha de São Paulo. O jornal destaca que diante da queda de receitas e do limite definido em lei para gastos com pessoal, governos estaduais e municípios afirmam não ter recursos para garantir o aumento do piso nacional dos professores.
O reajuste do salário está previsto para janeiro e a estimativa é de um índice de 11,3% pago a profissionais com carga horária de 40 horas semanais. O secretário de planejamento de Santa Catarina, Murilo Flores, esclarece que a queda de arrecadação é brutal, os Estados estão estrangulados e com problema sério de previdência social. Os conselhos dos secretários estaduais de Planejamento e de Administração encaminharam carta aos ministros da Educação, Aloizio Mercadante e da Fazenda, Joaquim Levy. No documento apontam a impossibilidade de arcar com essa nova despesa.
Na carta os secretários estaduais pedem a suspensão de qualquer reajuste ao piso salarial nacional dos profissionais do magistério, enquanto perdurar a crise econômica dos Estados e Municípios. Os secretários estaduais argumentam que o reajuste impacta não apenas no salário do professor em início de carreira, mas também traz reflexos para os servidores dos demais estágios.
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