MAIS DOIS ENREDOS DA SÉRIE “OS CAÇADORES JAPIENSES E SEUS CAUSOS”, QUE ESTARÁ NA 2ª EDIÇAO DO LIVRO “JAPI TERRA QUERIDA: causos e crônicas”. AGORA VOCÊ TERÁ A OPORTUNIDADE DE CONHECER AS AVENTURAS DESSES DESTEMIDOS CAÇADORES QUE NO SÉCULO XX SE EMBRENHARAM NA CAATINGA À PROCURA DE ANIMAIS FEROZES: ONÇAS E SERPENTES VENENOSAS QUE CAUSAVAM MEDO E TERROR À POPULAÇÃO JAPIENSE. TAMBÉM MATAVAM CAÇAS P/ SE ALIMENTAREM COMO: VEADOS, JURITIS, LAMBUS, ASAS BRANCAS, PEBAS, TAMANDUAS, ROLINHAS, JACUS E OUTRAS.
Em pé sem camisa Ademar, ao lado dele Antônio Borges, de Joelho Bastião Borges, com a faca levantada Luiz de Neco dos Santos, sentado na porta Jodoval Medeiros e outros....
A penúltima onça que mataram na
redondeza do município de Japi/RN foi um felino macho que habitou por alguns
dias no Boqueirão e entre as serras que fazem divisas com os municípios de
Japi/RN e Cuité/PB. Quem a matou foi o saudoso Antônio Borges de Lima, que
morava na Barriguda, área que fica próxima ao sítio Malhada da Cruz, região que
pertence ao nosso município, onde ele fora criado. Ademais, esse animal foi
morto por acaso. Ou seja, nada havia sido planejado por parte do matador. Foi
um encontro inesperado.
Veja como tudo se deu: Segundo o meu amigo
Ademar de Lima Fernandes (Ademar de seu Nivaldo), certo dia o seu tio Antônio
Borges de Lima foi ao sítio Retiro, área que pertence ao município de Cuité/PB,
com destino a casa de sua mãe, cuja morava no referido lugar, aonde lá passou um
dia, no dia seguinte de madrugadinha ele voltou para a Barriguda aonde morava.
Essa foto é da caçada a Ema de Geraldo Simões que fugira, foi caçada e morta por Antônio Borges de Lima. A terceira pessoa em pé da esquerda para a direita é Geraldo Simões, segurando no pau que a Ema está dependurada é seu Nivaldo, os meninos que estão na frente da foto são os filhos de Geraldo Simões.
Durante o trajeto de volta, quando
Antônio chegou a estrada que vai à direção da “grota” do açude de Macambira viu
no chão um grande rasto de algo que evidentemente havia sido puxado sobre a
terra, cuja marca atravessava de um lado a outro da estrada.
Embora fosse um caçador muito
experiente, cujo também tinha a fama de bom rastejador, mesmo assim ficou
assustado com o que viu. Por causa disso, desconfiado como qualquer um outro
bom caçador deveria ficar, para se precaver, Antônio tirou uma bala do “bisaco”
e rapidamente botou no cano da espingarda, curioso, desviou um pouco do caminho
que vinha e foi cuidadosamente passo a passo com um olhar atencioso a tudo que
se movia ao seu alcance, indo à direção de um monte que ficava ao lado da
estrada. Seguiu estrategicamente com todo potencial de um caçador experiente, aquele
assustador e misterioso rastro.
Quando chegou no topo do monte, que
olhou para um lado e para o outro, para surpresa dele viu bem perto dali uma
onça comendo uma cabra que tivera matado há pouco instante. Embora estivesse
assustado, apontou a espingarda na direção do felino, apertou o gatilho e assim
atirou na onça. No instante em que atirou a onça deu um pulo e correu na
direção de onde o tiro saiu. Antônio Borges de Lima vendo que o animal vinha a
sua direção correu rapidamente e subiu como um gato brabo numa pedra grande que
havia ao lado dele. A onça chegou até o pé da pedra e caiu. Ficou querendo se
levantar, porém quase não podia. Tinha sido alvejada mortalmente. Enquanto
isso, Antônio carregou muito rápido a espingarda e atirou novamente no animal,
cujo morreu no local.
Diminuído mais
o susto que tivera naquela manhã com a inesperada surpresa, Antônio se sentiu
um pouco mais aliviado. Então começou a entender que o rastro que tinha avistado
na estrada era da cabra que a onça estava comendo. Possivelmente ela tinha
matado no outro lado da estrada e puxada para aquele local. Certamente para a
comer.
Esse Veado foi morto 1980 pelo caçador Sebastião Borges de Lima
Quando
Antônio viu que a onça estava morta foi até a residência de Geraldo Simões
avisar a o ocorrido. Chegando lá, na fazendo do seu parente, assim que avistou
o fazendeiro Geraldo Simões contou o fato a ele. Desacreditando das palavras de
Antônio, Simões falou: Estás mentindo Antônio? Então Antônio respondeu; eu não
sou homem de mentira. Vamos ver lá? Depois de olhar atentamente para o
semblante do velho amigo falou: Eu estava brincando Antônio! Então. Geraldo
Simões chamou alguns de seus trabalhadores, pegou o carro e foi buscar a onça.
Ao
retornarem, logo que chegarem à fazenda de Geraldo tiraram o couro da onça,
pesaram o animal, o qual deu quarenta quilos.
Autor dos Textos: Edson Batista dos Santos
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