A Secretaria de Assuntos
Econômicos (Seae) do Ministério da Fazenda pediu que a Polícia Federal e o
Ministério Público Federal investiguem a empresa norte-americana Telexfree e a
empresa Ympactus Comercial LTDA, responsável pelas atividades da multinacional
no Brasil. Em nota oficial, a secretaria informou ter detectado indícios de que
as duas companhias pratiquem esquema de pirâmide financeira.
“A
oferta de ganhos altos e rápidos, proporcionados principalmente pelo
recrutamento de novos entrantes para a rede, o pagamento de comissões
excessivas, acima das receitas advindas de vendas de bens reais e a não
sustentabilidade do modelo de negócio desenvolvido pela organização sugerem um
esquema de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular”,
destaca o comunicado.
A
Seae informou ainda ter detectado suspeitas de que as duas empresas estimulem a
economia informal e contrariem a legislação trabalhista, ao exigir a prática de
duas atividades – comerciante e divulgador – e pagar apenas uma. O órgão também
ressaltou que a empresa não está autorizada a atuar no ramo de comércio, nem
tem relação com operadoras de telefonia fixa ou paga.
Com
promessas de retorno expressivo em pouco tempo, os esquemas de pirâmide
financeira são considerados ilegais porque só são vantajosos enquanto atraem
novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem
como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso.
Atuando
no Brasil desde março de 2012, o Telexfree vende planos de minutos de telefonia
voz sobre protocolo de internet (VoIP na sigla em inglês), que permitem
ligações ilimitadas para 41 países por US$ 49 mensais. As empresas, no entanto,
também oferecem promessas de ganho para quem atuar como promotor do serviço,
postando diariamente anúncios em sites de classificados e redes sociais e
recebendo comissão sobre as vendas.
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