Senador Cássio Cunha Lima discursa no plenário do Senado – Agência Senado / Geraldo Magela |
No
seu discurso o tucano lembrou as denúncias feitas pelo delator Ricardo Pessoa,
da UTC, que disse ter repassado R$ 7,5 milhões de dinheiro ilícito, de
corrupção na Petrobras, para a campanha da presidente Dilma, em 2014.
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A nação aguarda de forma atenta todos os desfechos dessas demandas do campo da
justiça. Para que o Brasil tenha seu sofrimento abreviado, renuncie Dilma
Rousseff ! Nós no Brasil vivemos hoje um desmonte do estado por uma quadrilha
que ocupou o estado brasileiro. Ao mesmo tempo em que a pesquisa CNI/Ibope
vinha sendo anunciada, a PF fazia uma nova operação na casa da Moeda para
apurar desvio de R$ 6 bilhões — discursou Cássio Cunha Lima, enumerando os
outros escândalos da gestão petista: mensalão, Lava-Jato, BNDEs, fundos de
pensão, Petrobras e outros.
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Renuncia presidente! Livre o país dessa crise econômica, financeira e moral que
estamos atravessando — discursou também o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA),
engrossando o coro dos pedidos de renúncia.
O
líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado (GO), também subiu o tom dos
ataques a presidente Dilma. Ironizando os números da pesquisa, o senador goiano
disse ser muito simbólico que o índice de aprovação do governo tenha caído para
9% e sido ultrapassado pela índice de inflação projetado. Para Caiado, a saída
menos traumática para o país seria a renúncia da presidente, porque a cada dia
que ela fica no cargo, “afunda mais o País”.
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A presidente Dilma criou uma situação de ingovernabilidade , colocou o Brasil
numa situação, que nada que ela faça vai tirar o País do buraco, pelo
contrário, tudo que faz é para afundar cada vez mais. O País continua ladeira
abaixo. Seria menos traumático se ela renunciasse. Se Dilma tivesse um gesto de
estadista, pelo bem dos brasileiros nesse momento, ela renunciaria. Dilma tem
que entender que chegou ao fim, não dá mais — defendeu Caiado.
O
presidente do Democratas, José Agripino Maia (RN), disse que o quadro mostrado
hoje pela pesquisa CNI/Ibope, principalmente no Nordeste, onde Dilma tem seu
maior eleitorado, não é surpresa para ninguém.
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Maior do que a reprovação é o sentimento das ruas de que ainda podemos ter pela
frente o calvário de mais três anos de um governo sem rumo — disse Agripino.