MSN: Foi nervoso. Foi dramático. Foi emocionante. Mas não poderia ser diferente: depois de empatar em 0 a 0 no tempo normal e também na prorrogação, o Chile bateu a Argentina nos pênaltis e conquistou o título da Copa América, neste sábado, no Estádio Nacional, em Santiago. É o primeiro troféu da história do time comandado por Jorge Sampaoli.
O
presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, foi o responsável por entregar a
taça.
Esse
foi o seu primeiro jogo na Copa América. Com o seu nome ligado às investigações
do FBI nos casos de corrupção na Fifa, ele chegou a Santiago somente na manhã
deste domingo.
Os
chilenos garantiram US$ 6,5 milhões (R$ 20,5 milhões) em premiação.
Suaram
para isso.
Em
campo, o Chile não precisou de mais do que dez minutos para afastar de uma vez
por todas a sensação que havia de que estava "c... de medo" após o 6
a 1 da Argentina sobre o Paraguai, nas semifinais. Não poderiam estar mais
equivocados: os donos da casa deram um vareio nos minutos iniciais e começaram
a partida em um ritmo alucinante.
Com
15 minutos, contavam com 70% da posse de bola.
Não
fosse por Romero, teria sido suficiente para sair na frente no placar. Aos 10,
Sánchez recebeu passe de Valdivia na direita, arrancou e cruzou na área para
corte parcial de Demichelis. O zagueiro afastou mal e deixou a bola livre para
finalização de Vidal. O meia pegou de primeira e exigiu grande defesa.
Foi
por pouco.
A
pressão era toda dos chilenos, mas os argentinos, enfim, chegaram.
Em
cobrança de falta de Messi, Agüero se antecipou à defesa e completou de cabeça
para Bravo salvar os donos da casa, aos 19.
A
bola não parava.
Os
comandados de Sampaoli levaram perigo novamente aos 22, aproveitando a avenida
deixada por Rojo em suas costas para lançar Vargas na direita. O goleador da
Copa América entrou em diagonal, mas, na hora de finalizar, mandou por cima.
Faltava
pontaria ao Chile. Faltava sorte à Argentina.
Aos
28, Di María sentiu lesão e deixou mais cedo o gramado para entrada de Lavezzi.
O meia-atacante do Manchester United já havia ficado de fora da final do último
Mundial por problemas físicos.
Antes
da ida para o intervalo, Vidal de um lado e Lavezzi do outro ainda receberam
dentro da área, mas foram bloqueados ao finalizar. Sobraram chances de gol para
os dois times no primeiro tempo.
Mesmo
sem o brilho das semifinais, Messi teve participação importante nos 45 minutos
iniciais ao arrancar cartões amarelos para Medel e Marcelo Díaz, dois dos três
zagueiros chilenos.
O
Chile manteve a pressão na volta dos vestiários.
O
domínio da Roja era diferente, no entanto. Não se fazia sentir pela intensidade,
mas pela posse de bola. O ritmo em campo foi outro no segundo tempo.
A
oportunidade mais clara, e talvez a melhor da partida, saiu apenas aos 38
minutos, em lançamento de Aránguiz para Sánchez, que recebeu na área e girou
batendo de primeira, arrancando o grito de gol no Estádio Nacional.
O
troco argentino veio em seguida: em contra-ataque puxado por Messi no último
lance da etapa final, aos 46, Lavezzi foi acionado na esquerda e cruzou para a
entrada de Higuain do lado direita. O centroavante chegou a completar, mas ela
ficou na rede do lado de fora. Alívio geral entre os chilenos.
Os
anfitriões estavam mais inteiros e mostraram isso na prorrogação.
Marcelo
Díaz, em chute por cima, e Sánchez, aproveitando furada de Mascherano,
ameaçaram na primeira parte. O nervosismo tomou conta na segunda e o duelo
acabou sendo decidido nos pênaltis, mesmo.
O
público foi de 45.693 mil pessoas em Santiago.
Com
o resultado, o Chile assegurou ainda lugar na próxima Copa das Confederações,
na Rússia, em 2017.