Uma
nova pesquisa sobre religião realizada no Brasil reforça a tendência do Censo
realizado cinco anos atrás pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE): o número de evangélicos no Brasil continua crescendo, e o de católicos,
diminuindo.
No
entanto, segundo relatório do instituto Hello Research, os católicos continuam
sendo maioria no Brasil. Dentre as 1.000 pessoas ouvidas durante o
levantamento, realizado em 70 cidades de todo o país, 57% declararam-se
católicas, enquanto 25% afirmou ser evangélico.
A
mudança social que o Brasil vem atravessando no quesito religião é inconteste.
Em 1991, o Censo do IBGE constatou que 83% dos brasileiros eram católicos.
Nesse mesmo ano o papa João Paulo II fez sua segunda visita ao país. No mesmo
levantamento, o total de evangélicos somava 9%.
Nove
anos depois, o Censo realizado mostrava que os católicos somavam 73,% dos
brasileiros, contra. Já em 2010, cinco anos atrás, os católicos já eram 64,6%
da população, contra 22,2% de evangélicos. Nessa época, o IBGE destacou que o
crescimento dos evangélicos havia sido superior a 66% em dez anos.
A
pesquisa de mercado do instituto Hello Research identificou que outra tendência
em crescimento é a de pessoas sem-religião. Atualmente, 12% dos brasileiros
declaram não seguir nenhuma crença. A maioria dessas pessoas tem idade entre 16
e 24 anos, segundo informações da revista Época.
As
demais religiões, dividias entre espiritismo (considerada uma vertente do
cristianismo para fins estatísticos), religiões afro-brasileiras e outras
crenças com menor representatividade somam 6% dos habitantes do país, que já
passam de 200 milhões.
A
predominância de cristãos na sociedade brasileira denota um paradoxo, pois as
mazelas sociais, corrupção, criminalidade e desigualdade continuam sendo os
principais dramas do país, o que contradiz a boa-nova do Evangelho com poder de
transformação de caráter e mudança de vida pregada tanto por evangélicos,
quanto por católicos.