domingo, 27 de setembro de 2015

Brasil anuncia meta de reduzir 43% das emissões de gases do efeito estufa até 2030

O Brasil anunciou neste domingo (27) que reduzirá suas emissões de gases de efeito estufa em 43% até 2030, mas a presidente Dilma Rousseff afirmou que o objetivo já inclui esforços realizados desde 2005 de combate ao desmatamento.

A presidente apresentou as metas do País durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, afirmando que estas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países mais desenvolvidos

Dilma reafirmou o compromisso do País com o fim do desmatamento ilegal na Amazônia, como anunciado conjuntamente com o presidente norte-americano Barack Obama em junho, mas não declarou o fim do desmatamento em geral como esperado por alguns grupos ambientalistas.

Estimativas de pesquisadores brasileiros indicam que o desmatamento legal ainda pode ser realizado em uma área de cerca de 100 milhões de hectares, o equivalente ao tamanho da Colômbia.O Brasil também pretende compensar o desmatamento regulado, mas a presidente não deu mais detalhes sobre o tema.
— O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões. […] Temos uma das maiores populações e PIB [Produto Interno Bruto] do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos.

O desmatamento no mundo responde por 15% das emissões de gases do efeito estufa globalmente, o equivalente ao que é emitido pelo setor de transportes. O Brasil é o País com a maior floresta tropical do mundo.

A lista desses compromissos do governo brasileiro revelada no encontro deverá também ser repetida durante a fala na abertura da 70º Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

Conselho

Ontem (26), a presidente se reuniu com a cúpula de líderes do G4 — grupo composto por Brasil, Índia, Alemanha e Japão — para defender a importância de um Conselho de Segurança da ONU mais representativo. Segundo Dilma, a reforma do conselho é “a principal questão pendente” na agenda da organização internacional.

— Acredito que quando se trata da paz e segurança coletiva, que hoje estão ameaçadas, os resultados não avançaram muito. Por isso, a reforma do Conselho é a principal questão pendente. Nós precisamos de um Conselho renovado, que reflita adequadamente a nova correlação de forças mundial.

De acordo com a presidente, desde a fundação da ONU o mundo passou por muitas mudanças, inclusive no número de países que naquela época integrava a entidade.

— Em 1945, eram 51 estados que integravam a Assembleia-Geral das Nações Unidas e o Conselho de Segurança tinha 11 membros, portanto, 22%. Hoje, são 193 Estados e um Conselho composto de 15 membros. Portanto, uma queda bastante significativa do percentual de representação.

Discurso de Dilma na ONU aumentará debate sobre refugiados

Após o encontro de Dilma com a chanceler alemã, Ângela Merkel, e os primeiros-ministros da Índia e Japão, Narendra Modi e Shinzo Abe, o Itamaraty divulgou uma nota conjunta do grupo defendendo a necessidade de avanços na reforma do Conselho.

Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU tem 15 vagas, das quais cinco são permanentes e dez rotativas, com membros eleitos pela Assembleia-Geral a cada dois anos. Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China possuem assento permanente no órgão. O conselho é o único fórum da entidade com poder decisório e todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir suas decisões.

Discurso

Durante a abertura da 70º Assembleia Geral da ONU, na segunda-feira (28), Dilma será um dos chefes de Estados a discursar. Em sua fala, a presidente vai destacar, além da necessidade de reforma no Conselho de Segurança, questões como a imigração de refugiados para o território europeu.

A intenção do governo brasileiro é sensibilizar os membros do Conselho de Segurança para que o País consiga um assento permanente. Nesse sentido, ao abrir o debate de alto nível da Assembleia, a presidenta Dilma Rousseff deverá ressaltar que a organização enfrenta dificuldades de representatividade para tratar de temas importantes da atualidade.

Dilma também deve mencionará a questão dos imigrantes sírios como um desafio urgente a ser enfrentado pelos líderes mundiais.

Desde que discursou pela primeira vez na ONU, em 2011, a presidenta repete posicionamentos do Brasil sobre questões internacionais. Desse modo, ela deverá novamente defender a paz no Oriente Médio.

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