O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse nesta quarta-feira que a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo, é uma situação “única na História da República” e que pegou a todos de surpresa.
— É (uma situação) única, porque nunca tivemos um caso desses na História da República — disse Renan. O senador ainda foi irônico ao ser perguntado se, como investigado na Lava Jato, não teria medo de ser preso também.
— Obrigado, hein pessoal? Foi muito agradável a entrevista — disse Renan, caminhando.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse na manhã hoje que apesar de a prisão Delcídio, ter surpreendido a todos, não há nada que vincule o episódio ao Palácio do Planalto.
A declaração de Costa, embora se dê sem que os senadores tenham conhecimento oficial do que se passou, procura isolar os acontecimentos a Delcídio. Ele também destacou que é importante o Congresso não paralisar suas atividades.
Costa disse que os líderes partidários vão se reunir ainda nesta manhã para decidir como Senador vai analisar os fatos e que medidas tomará – se irá ou não relaxar a prisão de um de seus integrantes, fato inédito na história do país.
— Todos os senadores estão impactados com esse fato e, naturalmente, vamos conversar para ter conhecimento de tudo o que aconteceu. Não temos nada além do que foi divulgado pela imprensa. Vamos avaliar as informações oficiais. Teremos uma reunião de líderes, com a presença do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), onde vamos discutir o que fazer em nome do Senado — afirmou.
— É importante registrar que não há, em nada que foi dito até agora, qualquer tipo de envolvimento ou participação do governo. Isso é importante dizer. Entendemos também que esse fato, por mais grave que seja, não deve contaminar a atividade legislativa do Congresso.
Para Costa, o governo está preocupado com a situação, mas quer dar continuidade à pauta no Congresso.
— É um momento difícil e até mesmo de falar a respeito. Mas não há nenhum fato patrocinado pelo governo. São questões que correm totalmente ao largo do governo.
O segundo vice-presidente do Senado, Romero Juca, disse não era possível fazer comentários sobre a prisão do senador Delcidio Amaral. Mas disse que o Senado votará a questão assim que o comunicado chegar. O prazo para a notificação chegar é de 24 horas.
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