NESTA 2ª EDIÇÃO VOCÊ TERÁ UMA VISÃO MAIS DETALHISTA SOBRE
OS ASPECTOS REGIONAIS, HUMANOS, ECONÔMICOS E CULTURAIS E A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
JAPIENSE NUM CONTEXTO TÍPICO DA ÉPOCA. PARA TANTO, SERÁ APRESENTADO UMA SÉRIE DE
EVENTO ENVOLVENDO OS PRIMEIROS POSSEIROS E OS PRIMEIROS DESBRAVADORES QUE NÃO
FORAM CITADOS NA 1ª EDIÇÃO.
(2ª EDIÇÃO: CAPÍTULO Q. TRATA DOS
POSSEIRO DAS TERRAS DE JAPI/RN).
“(2ª EDIÇÃO)” JAPI TERRA QUERIDA
EM PROSA: CAUSOS E CRÔNICAS.
Segundo José Nicolau (Deinha Nicolau), o seu avô que se chamava Nicolau José da Silva, veio para a localidade de Japi na segunda metade do Século XIX por volta de 1889. Era casado com a senhora Iria Gomes, cujos tiveram onze filhos dos quais dois eram homens e nove eram mulheres. Essa é uma das primeiras e maiores famílias que habitou e contribuiu para povoar essa localidade na segunda metade do século XIX. Aqui, essa família foi contemporânea do fazendeiro Pedro Tolentino da Costa, cujo era sogro de Manoel José de Medeiros.
Vejam os nomes dos onze filhos de
Iria:
1 – Chiquinha, que era mãe de Leôncio Miguel, avó de Maria de Leôncio
e bisavó do blogueiro Joabson Silva.
2 – Joaninha, que era
esposa do finado Zé Biato, pai de “Mané de Biato”, avô de “Zé Biato” e
bisavô do blogueiro Thiago Rufino.
3 – Dona vina, que era
mulher de Chicó Caria, Sogra de Antônio Carias e avó da esposa do Professor
Jesivaldo Gomes (Valdo de Titinha).
4 – Antônia, que era
mulher de Zacarias Mousinho avô de Nego de Luiz Severino, de Zé Luiz que é o
pai de Tocha genro de Antônio Jacinto e também avô de Maria mãe de Tales
tecladista.
5 – Dodó, que era esposa
de João Vaginova, que é pai de Geraldo Vaginova, velho taxista de Santa Cruz
aonde reside com sua família.
6 – Luzia, que era casada com Pedro Vaginova, cujo possuía uma fazenda no Sítio Urubu,
Município de São Bento do Trairi.
7 – Fulora, que era casada
com Chico Vital, cuja foi morar com seu esposo no Sítio Empoeira, Município de
São Bento do Trairi.
8 – Maria, que era casada
com Danilo, pai de Chico Pedro cujo
é pai de Joca e de Mauro do Caminhão;
9 – Mariana,
casou e foi morar no Agreste;
10 – José Nicolau, casou
com Francisca Claudino irmã de Manoel Claudino que é pai do ex-vereador José Claudino.
Quando casou José Nicolau foi mora com sua esposa no Sítio Pedra preta. É pai de Chico Nicolau esposo de Luzia Paulino, avô de Antônio Nicolau, Bisavô de Elizama irmã de Elizelma, é avô de
Dinda de Manoel de Gringo e de José Alex esposo de Edjane Arcanjo que é filha do
professor Edson Batista Batista.
11 – Manoel Nicolau, casou
com Maria Teotônio filha de Mãe Japi. Maria é mãe do informante Deinha Nicolau.
Em 1915 o saudoso
Manoel Nicolau da Silva tinha 19 anos. Entretanto ainda era solteiro. Como ele
era o único homem da família que estava morando com sua mãe decidiu se casar só
depois que todas as suas irmãs se casassem. Um dia ele falou com sua mãe e
disse: “Mãe eu só vou me casar quando eu ver todas as minhas
irmãs se casarem”. E assim aconteceu. Depois disso, no ano de 1927 ele
casou com Maria Teotônio da Silva filha de Josefa Teotônio (Mãe Japi). Quando
casou Maria Teotônio tinha apenas 16 anos e teve onze filhos.
Vejam os nomes dos onze filhos de Manoel
Nicolau da Silva:
PARTE DA FAMÍLIA DE MANOEL NICOLAU DA SILVA - Da esquerda p a direita: José Nicolau (Zé preto), Gerson
esposo de Izabel, Izabel Nicolau, João Nicolau (J. Boneta), Branca,
Francisca Nicolau (Mulher de Cosme), Joaquim Nicolau, Antônia Cândido
(esposa de Joaquim). O senhor da direita que está com o livro credito
que seja irmão de Antônia. Ambos são netos de João Confessor de
Oliveira.
1 – Maria Nicolau da Silva,
que casou com Sebastião Cassiano da Paz, pai de Dão Casiano.
2 – José Nicolau da Silva (“Bacurau”), que casou com Maria das Neves, mãe de “Durico”.
3 – Severina Nicolau da Silva
(Branca) é solteira.
4 – João Nicolau da Silva (João
Boneta), casou com Anália
Nascimento
5 – Antônio Nicolau da Silva (Pininu), casou com Severina Barbosa.
Depois com Tereza Barbosa. Pininu é pai de Moacir, Zé de Pininu que é pai de George Nicolau e tantos outros.
6 – Joaquim Nicolau da Silva, casou com Antônia Confessor Cândido,
neta de João Confessor
7 – Francisco Nicolau da Silva, casou com Cosme Vitorino da Costa,
pai do sargento Walter Vitorino (“Bal”).
8 – José Nicolau da Silva (Deinha Nicolau), casou com Creuza Jusefa
da Silva, mãe de Betinho, Ivonete, José Ivaldo da Silva e tantos outros.
9 – Izabel Nicolau da Silva, casou com Gerson Alves. Os filhos dela
são: João Batista e Lola.
10 – Josefa Nicolau da Silva, casou com Herminelgídio Alves Teixeira
(Minel). Seus filhos são: Nova
de Minel e outros....
11 – José Nicolau da Silva (“Zé Preto”), que casou com Maria
Liberato da Costa, cuja é irmã de
“Manoelzinho Berato” que é pai de Marabel.
Nicolau José da Silva era sertaneja da localidade
de Flores, hoje cidade de Florânea/RN. Já Iria Nicolau, a esposa dele era
paraibana. Durante longa conversa que tive com o amigo Deinha Nicolau ele me disse
que conheceu um tio do pai dele, irmão de Iria, que tinha o nome de Bastião
Gomes. Esse senhor era da família dos Gomes que residem no Sítio Barra de
Japi/RN. O informante relatou ainda, que Bastião era avô de Rosa de Euclides, que
hoje possui um armazém de materiais de construções no Alto são Sebastião.
Falava ainda com Deinha quando ele disse
que o senhor Nicolau José da Silva chegou aqui e se apossou de uma faixa de
terra que hoje é chamada de Tubiba, quando a referida área era devoluta. Agora, toda essa propriedade pertence aos
herdeiros do saudoso Manoel Nicolau, que são seus netos: os filhos do já
falecido João Nicolau.
Voltando no tempo, quando chegamos ao
ano de 1911 se deparamos com um ocorrido que nos chamou bastante a atenção. Foi
o fato de o saudoso Nicolau José da Silva ter vendido toda a sua propriedade ao
senhor Manoel Nicolau por cinco mil reis. No tocante a venda da terra, Deinha
Nicolau, se expressou dizendo: “Meu pai me dizia que o senhor Manoel
Nicolau, o avô de Aristides Nicolau achou tão bom o negócio que fizera com Nicolau
José da Silva, que depois deu mais um mil reais a ele”.
Parta da família de Dona Vina; São netas de Iria Nicolau.
Depois de vender a terra Mané de Iria
tentou sobreviver vendendo cordas de croá e de embiratã, nos povoados e nas
fazendas que ficavam aos arredores da localidade de Japi/RN. Como o negócio de
vender corda não deu certo em 1912 ele voltou para o meio de sua parentela,
para a localidade de Flores no sertão potiguar a onde faleceu no início do ano de
1915. Por causa desse triste episódio, nesse mesmo ano a senhora Iria Gomes
Nicolau veio embora para Japi/RN, aonde permaneceu até falecer, fato esse que
se deu no ano de 1964. Vale ressaltar que quando a família de Iria foi embora
para o Sertão um dos seus filhos ficou aqui. Trata-se do senhor Jose Nicolau
que era casado com a tia do ex-vereador José Claudino de Souza, cujo nessa
época morava no Sítio Pedra Preta. Todavia foi por isso, que quando a senhora Iria
retornou para Japi só estava na companhia dela, dez filhos.
Neto de Iria Nicolau
Voltando ao assunto do retorno da
família de Iria, vale salientar que como ela não possuía mais a terra, Manoel
José de Medeiros deu uma casa de taipa que ficava lá para as bandas da Ubaia
para ela e sua família morar. A partir daí ela e seus filhos passaram a ser
moradores de Manoel Medeiros e do sogro dele que era Pedro Tolentino da Costa. Nessa
época, esses dois proprietários já cultivavam a cultura do algodão na
localidade, e essa atividade gerava bastante emprego e renda no setor agrícola.
Imaginem a difícil situação pela qual
passou a senhora Iria Nicolau quando partiu do Sertão voltando para as terras
de Japi. Ela e seus filhos vieram a pé, sem marido e responsável por uma grande
família: dez filhos, quando alguns deles ainda eram meninos. Era um ano de
seca, quando água era muito difícil e quase não havia comida. Outro, durante o
percurso dormiram debaixo de árvores, de pedras ou em beira de rio ou riachos. Ainda
bem que Deus lhes mostrou todos esses agentes naturais os quais lhes serviram
de abrigos e dormitórios para aquela pobre e sofrida família que se aventurava
no deserto da caatinga na esperança de chegar no lugar que havia morado. Ademais,
nessa época quase não haviam cidades e nem povoados na trajetória que a saudosa
Iria Nicolau conduziu seu povo até a localidade de Japi. Embora tenha sido
muito difícil, ela foi uma mulher de muita fé. Tanto conseguiu se objetivo: voltou
a botar novamente os pés na terra que ela um dia vivera. Ao chegar, após cruzar
a areia do rio Jacu. Respirou fundo, agradeceu ao Deus todo Poderoso e clamou:
Voltei e cheguei em Japi minha terra querida.
Segundo Deinha Nicolau seu avô era
primo do saudoso Tomaz esposo de Estelinha Nicolau que é mãe de Cornélio,
Geraldo de Arlete e do saudoso Francisquinho Nicolau. O pai de Tomaz era irmão
do seu avô, Nicolau José da Silva.
AUTOR DO TEXTO: EDSON BATISTA DOS
SANTOS
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