Detentos custodiados no Presídio Rogério Coutinho Madruga estão com medo de serem mortos por presos da Penitenciária de Alcaçuz. As unidades ficam em Nísia Floresta, município da Grande Natal, e são separadas apenas por uma cerca de arame. Pedidos de socorro estão sendo enviados às redes sociais por meio de aparelhos celulares conectados à internet. A direção do presídio reforçou a segurança.
Pelo aplicativo WhatsApp, o G1 conversou com dois apenados. Um deles disse que "as ameaças de invasão estão se agravando", que "o Estado precisa fazer alguma coisa" e que "a qualquer momento pode acontecer uma carnificina".
"Nós, presos, estamos passando por uma calamidade na segurança pública. O Estado não está nem aí para nós", escreveu um dos presos. "Estamos com medo. E estamos correndo risco de vida. Queremos segurança. Queremos que o Estado tome conta dos presos que pertencem à Justiça do RN", disse outro.
Ivo Freire, diretor do Presídio Rogério Coutinho Madruga, admitiu estar preocupado com a situação. Contudo, ele garantiu que providências já foram tomadas para evitar que ocorra um massacre. "Até pela proximidade das duas unidades, o risco de uma invasão existe. Porém, a segurança do presídio foi reforçada com novos agentes penitenciários e policiais militares do Batalhão de Choque estão de prontidão na área externa prontos para intervir caso haja necessidade. Estamos bem guarnecidos", acrescentou.
Rebelião e destruição
Presos de Alcaçuz se rebelaram no sábado (28). Grades foram arrancadas e paredes derrubadas em três pavilhões da unidade. De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), o quebra-quebra aconteceu porque a visita social prevista para a manhã havia sido suspensa em razão de um túnel encontrado. Os presos também teriam ficado insatisfeitos com a retirada de alguns aparelhos das celas, como TVs.
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