Os astrônomos anunciaram a descoberta do ‘objeto mais fraco já visto na galáxia’, datando apenas 400 milhões de anos após o Universo nascer, com o Big Bang, que teria acontecido há cerca de 13,8 bilhões anos, segundo a NASA.
Os pesquisadores apelidaram o objeto de Tayna, que significa “primogênito” em Aymara, uma língua falada nas regiões dos Andes, na América do Sul.
A galáxia foi descoberta com a ajuda unificada dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, ambos da NASA. Enquanto galáxias mais distantes já tinham sido identificadas, no passado, isso define um novo padrão para localização de pequenos e fracos objetos – por conta da idade avançada – que ‘escapavam’ da detecção. Isso deve dar aos cientistas mais pistas sobre os primórdios do universo e como o espaço foi estruturado há bilhões de anos.
“Graças a esta detecção, a equipe foi capaz de estudar pela primeira vez as propriedades de objetos extremamente tênues, formados não muito tempo depois do Big Bang”, disse um dos pesquisadores, Leopoldo Infante.
Mesmo com o poder do Hubble e do Spitzer à disposição, os astrônomos basearam-se em um fenômeno conhecido como ‘lente gravitacional’, para finalmente detectar Tayna. Isso ocorre quando a luz de uma fonte de dobra incide em torno de uma estrutura maciça, entre ele e o observador, fazendo com que a estrutura maciça vire um aglomerado de galáxias chamado MACS J0416.1-2403 (que detém massa aproximada 1 trilhão de vezes maior do que o nosso Sol).
Segundo dados do portal Gizmag, esta luz que vem da nova galáxia torna-se 20 vezes mais brilhante do que seria, quando visualizada diretamente a partir da Terra. O perfil de cor da luz que ele emite sugere que a antiga galáxia está a cerca de 4 bilhões de anos-luz de distância do nosso próprio Sistema Solar.
A NASA diz que o novo objeto possui tamanho similar à Grande Nuvem de Magalhães (LMC) – uma pequena galáxia satélite da nossa própria Via Láctea. No entanto, os cientistas acreditam que a nova galáxia está gerando estrelas a uma taxa 10 vezes mais rápida do que a LMC. Talvez, este crescente núcleo acabará evoluindo para uma galáxia de tamanho normal.
Os astrônomos por trás da descoberta acreditam que muitas outras galáxias antigas podem existir. Encontrá-las será uma das principais tarefas para o telescópio James Webb, agora em desenvolvimento. Programado para ser lançado em 2018, o novo telescópio irá definir novos padrões de sensibilidade e precisão na observação espacial. Os resultados foram publicados no The Astrophysical Journal.
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