Foram muitas ligações que recebi de pessoas de Japi, entre tantas
existem algumas que residem em outras cidades. Em suas falas, todas manifestaram
o mesmo desejo, saber quando será lançado o livro que conta a história de Japi.
Quero esclarecer para todos que interessa ver essa obra em sua
íntegra, que eu queria muito que esse livro fosse lançado na primeira semana do
mês de setembro. Isso foi o que tratamos com a editora. Porém, para que o
evento ocorresse na data prevista não dependia só de mim. Dependia também da conclusão
dos trabalhos editoriais.
Em nota, o editor Cleydvan explicou que a equipe editorial está
trabalhando no livro com muito cuidado, pois, trata-se de uma obra pioneira e
de muita importância para o município. Outro. No livro há 300 páginas e muitas
fotografias que devem ser aperfeiçoadas. Por isso, não foi possível a
conclusão. A editora que tem um nome reconhecido nacionalmente vai seguir o seu
padrão de regras. Vamos aguardar o término dos trabalhos editoriais. Em breve,
talvez ainda nesse mês, a editora nos entregará a obra. Fala de Edson Batista.
O Dr. REVISOR PREFACIADOR DO LIVRO FALA A RESPEITO DA OBRA
Todavia, conhecer Japi pelos ângulos traçados por Edson Batista dos
Santos foi uma experiência inédita e gratificante. E são vários os fatores que
me proporcionaram o prazer da leitura e a satisfação de apresentar este livro
ao público leitor. Primeiramente, porque já conhecia Edson, como aluno
universitário no campus de Santa Cruz, antigo CREST – Centro Regional de Ensino
Superior do Trairi. Segundo, porque Edson se tornou um amigo meu, não apenas um
ex-aluno. Terceiro, e mais relevante neste contexto, Edson é um nativo de Japi.
Nasceu lá, cresceu lá, vive lá. Além de atuar como professor da rede pública de
ensino, Edson é músico, e já se elegeu como vereador da cidade. Portanto, ele
está intimamente ligado às questões vitais – políticas, econômicas, sociais e
culturais – da municipalidade japiense. É um arauto das velhas e das boas novas
que acontecem naquelas terras.
Com efeito, neste livro, num processo narrativo linear, capítulo a
capítulo, o autor resgata os primeiros momentos históricos do povoamento
fundado às margens do rio Jacu, com cronologias e personagens pioneiros (índios
e colonos) devidamente registrados; descreve a superfície geográfica (rios,
açudes, serras, fazendas, sítios, lugarejos e trilhas); detalha os ares e
climas e vegetação predominantes. Faz o retrato social das gentes do lugar:
mostra-nos a luta do povo pela sobrevivência, sua existência, sua essência.
O livro também apresenta o mosaico dos aspectos relacionados à evolução e
desenvolvimento do povoado, da condição de vila até sua emancipação municipal;
mapeia a economia local, sua agricultura e pecuária; analisa as áreas da
educação, saúde, cultura, religião; inclusive resenha as lendas, superstições e
festejos populares.
O autor, sendo fiel à sintaxe sertaneja – o que legitima seu estilo de
prosa – adota uma linguagem objetiva, direta, clara, para relatar os fatos
históricos e descrever os perfis dos tipos humanos (linhagens familiares) mais
notórios nas esferas política e social, sem esquecer também dos tipos humanos
“especiais” comuns a toda cidadezinha do interior: o louco, o bêbado, o
mendigo. Vale ressaltar aqui que, nas cidades pequenas, esses seres humanos são
normalmente conhecidos e considerados dentro do seu plano de vida. Eles têm
nome e endereço. Já nas cidades grandes, tais pessoas comumente são “vistas”
com indiferença e distanciamento social, ficando anônimas e solitárias às
margens do convívio coletivo.
Confesso a vocês, caros leitores, que devo frear meu entusiasmo em querer
alongar-me na exposição dos conteúdos do livro. Isso seria tirar de vocês a
expectativa para ler uma obra verídica e utilitária, tanto pela iniciativa
cidadã do autor, como também pelo seu compromisso autêntico com a história de
sua cidade.
A voz de Edson Batista guiará você, em especial, pelas cercanias do
município, fará você escutar os ecos do pássaro Jacu nas margens do rio,
caminhará com você pelas antigas trilhas de tropeiros, encantará você com a
revoada de papagaios nos ares das grandes serras, contemplará os roçados de
algodão brancos em flor, e vai suspirar com as enchentes e banhos de açude.
Você não estará sozinho. Embora seja um livro histórico, Edson despejou sua
emoção e saudade em todas as páginas. Por isso, você estará na companhia do
autor durante todo o percurso da leitura.
Fica aqui, então, o convite para uma boa leitura. Principalmente um
convite para um bom passeio na história de Japi,
cidade querida.
José da Luz Costa
Professor
(UFRN)
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