O Ministério Público do Rio
Grande do Norte deflagrou na manhã desta terça-feira (9) uma operação para
combater supostas fraudes em licitações para contratações de bandas para
eventos festivos no RN e ainda em São Paulo, Ceará, Pernambuco, Bahia e Paraíba.
Os mandados de busca e apreensão e de prisão são assinados pela juíza da
comarca de Macau, cidade a 180 quilômetros de Natal, Cristiane Maria
de Vasconcelos Batista. A Polícia Militar dá apoio aos promotores no
cumprimento dos mandados. A operação foi batizada de Máscara Negra.
O procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto,
disse que a operação foi realizada simultaneamente em várias cidades
brasileiras. No RN, os mandados da Máscara Negra estão sendo cumpridos em
Natal, Macau,Guamaré, Parelhas e Caraúbas.
A promotora
Patrícia Antunes Martins, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco), afirmou, em coletiva à imprensa realizada no
início da tarde desta terça-feira (9), que o superfaturamento na contratação de
bandas nos municípios de Macau e Guamaré, localizados na região Costa Branca do Rio Grande do
Norte, chegava a 400%. A suspeita levou o MP do RN a deflagrar na manhã desta
terça a operação Máscara Negra - que investiga desvios de mais de R$ 3 milhões
em contratações fraudulentas de shows musicais, estrutura de palco, som, trios
elétricos e decoração para eventos realizados entre os anos de 2008 a 2012 nas
duas cidades.
Operação Máscara
Negra faz parte da Operação Nacional contra a Corrupção,
deflagrada pelo Ministério Público em parceria com diversos órgãos e deve cumprir
mandados de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de bens e de afastamento
das funções públicas em pelo menos 12 estados. O desvio de verbas públicas sob
investigação ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Leia mais.
"O
superfaturamento variava muito, mas, em alguns casos, chegava a 400% do valor
real", disse a promotora. Ela esclareceu que o dinheiro era desviado com a
participação de intermediários na contratação dos shows. "Os shows eram
contratados por inexigibilidade de licitação de forma irregular. Para fazer uso
da inexigibilidade de licitação a prefeitura teria que contratar o serviço
diretamente com o artista ou com o empresário exclusivo da banda e não era isso
que acontecia", disse.
G1RN
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